Camarões: cinco padres, uma religiosa e dois leigos raptados
Dulce Araújo - Vatican News
Num comunicado, difundido no sábado 17, todos os Bispos da Província Eclesial de Bamenda dizem-se chocados com este ato sem precedentes, e para o qual até ao momento do comunicado não tinham recebido nenhuma justificação.
Os bispos sublinham que desde a crise de 2016 até hoje as pessoas têm sido alvo de raptos e torturas por parte de homens armados sem escrúpulo, agora essa vaga de perseguição parece ter virado para hierarquia eclesial e mensagens ameaçadoras são enviadas para missionárias que, a risco da própria vida, têm estado ao lado do povo.
“Estes ataques não são apenas contra a Igreja católica, mas também contra as Igrejas Presbiteriana e Baptista nos Camarões. E, estranhamente, algumas dessas pessoas que atacam ferozmente a Igreja, são membros dessas Igrejas ou que beneficiaram da generosidade delas.”
“Nós Bispos da Província Eclesial de Bamenda, condenamos firmemente todos esses ataques contra a Igreja e os seus Ministros e apelamos aqueles que raptaram os padres, a Irmã e os cristãos em Nchang a os libertarem sem mais demoras. Insistimos nisso porque este ato já ultrapassou a linha vermelha e temos de dizer que “já chega.” - escrevem no comunicado.
Apelam igualmente àqueles que queimaram a Igreja de Santa Maria em Nchang e aos seus mandantes ou apoiantes no país ou no estrangeiro, a desistirem desses caminhos diabólicos porque ao ponto onde chegaram agora podem ver-se a si próprios combatendo contra Deus e não contra o homem, e quem combate contra Deus, nunca poderá vencer.
Os Bispos exprimem também toda a sua solidariedade e garantem orações a favor do Bispo de Manfe, Dom Aloysius Fondong, dos padres, religiosos e cristãos leigos, sobretudo os cristãos da Paróquia Santa Maria Nchang, neste momento difícil.
Convidam também todos os cristãos a continuarem a rezar pela Igreja e pela Província Eclesial de Bamenda e pelos seus Ministros.
“Rezamos pela proteção e aos mesmo tempo pelo perdão dos ofensores como Cristo na cruz rezou: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.”
Apelam ainda a todas as pessoas de boa vontade a vigilarem sobre os bens temporais da Igreja e o seu pessoal e a o protegerem do poder diabólico. Rezam também a Nossa Senhora, Rainha da Paz para que a paz volte àquela Província e os problemas se resolvam - escrevem no comunicado assinado por D. Andrea Nkea, Presidente da Conferência Episcopal da Província de Bamenda - BAPEC.
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