RDC- Kinshasa pronta para acolher o Papa com júbilo
P. Bernardo Suate – Kinshasa, RDC
Nesta terça-feira, 31, o Papa Francisco inicia a sua visita à capital congolesa, Kinshasa, naquela que é a 40ª Viagem apostólica do seu pontificado e que o levará também ao Sudão do Sul. O clima de preparação está ao rubro, a cidade está bem decorada e com as bandeiras do Vaticano e da RDC um pouco por todo o lado.
“Bem-vindo à RDC Sua Santidade Papa Francisco” e ainda “Todos juntos com o Papa Francisco” se lê nos cartazes expostos nas principais artérias da urbe. Sacerdotes, religiosos e fiéis não exitam em reafirmar que este é um momento histórico que terá grande impacto na vida da Igreja e da população, um momento pelo qual cada qual se sente orgulhoso de participar. A RDC é o primeiro País católico em África e o sexto no mundo inteiro, possuindo o maior número de fiéis, segundo as estatísticas.
Na verdade, a Igreja católica no Congo continua a ser uma das mais fecundas em África, como testemunham o contínuo crescimento dos fiéis (hoje 49% de uma população de cerca de 100 milhões de habitantes são católicos), a grande participação nas Missas, também entre os jovens, o florescer das vocações ao sacerdócio e à vida religiosa, o dinamismo dos leigos que participam activamente na vida e na missão da Igreja, entre muitos outros aspectos.
Além disso a Igreja congolesa é um actor social de primeira grandeza e tem sido considerada o primeiro parceiro do Estado quer no campo educativo quer no da saúde, melhorando assim o serviço público existente através da sua rede de hospitais, centros sociais e escolas de qualquer ordem e grau, muito apreciadas no País pela qualidade de ensino que nelas se administra. Boa parte da classe dirigente, de facto, formou-se nas escolas católicas.
“Todos reconciliados em Jesus Cristo” é o lema desta visita ao Congo, que muitos percebem como também ocasião para tocar com o dedo a proximidade, a amizade e a solidariedade da Igreja, e do Papa para com o povo congolês, sobretudo os que mais sofrem.
Recorde-se que o sofrimento do povo congolês sempre esteve nas preocupações do Papa Francisco: repetidas vezes o Papa tem lançado apelos e manifestado proximidade aos congoleses. E o Papa encontrará as vítimas da violência no leste do Congo, na tarde da quarta-feira, 1, na Nunciatura apostólica.
Em preparação a esta visita histórica do Papa Francisco à RDC, segundo se lê na imprensa local, o governo congolês construiu um local no aeroporto de N’dolo, um espaço de 850.000 m2 e capaz de acolher 1,5 milhão de fiéis aproximadamente, para a Missa com o Papa Francisco na manhã desta quarta-feira, 1 de fevereiro.
Estão já impecavelmente decorados o Palais de la Nation (residência oficial do Presidente da República), o Estádio dos Mártires, a Catedral Nossa Senhora do Congo, a Nunciatura e a sede da Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO), onde vão decorrer os outros principais momentos de Francisco com a Igreja e a sociedade congolesas. Tudo parece indicar que as disposições necessárias foram tomadas para reservar ao Papa Bergoglio um acolhimento certamente ímpar. Não nos resta que também nós vibrar com este povo e esta Igreja e com eles gritar bem alto: bem-vindo Papa Francisco!
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