Luandino Vieira: Refundador da Literatura Angolana Contemporânea
Dulce Araújo - Vatican News
As obras literárias de Luandino Vieira, escritas quase todas na prisão do Tarrafal, em Cabo Verde - assim como as de outros autores escritos nesse triste lugar de reclusão daqueles que combatiam o regime fascista português e lutavam pela independência das então colónias portuguesas - deveriam constituir, segundo o poeta angolano, Zetho Cunha Gonçalves, património imaterial da humanidade. Mas, tal ainda não aconteceu, até porque não se tem dado - afirma - o devido relevo a este escritor, cujas obras constituem um marco essencial na literatura e na história de Angola, da África, do mundo.
Já Filinto Elísio, também ele poeta e editor (Rosa de Porcelana Editora) define Luandino Vieira um " Refundador da Literatura Angolana Contemporânea", um escritor que "aporta uma transfiguração linguística singular, a partir de linguajares híbridos e de suas múltiplas conexões culturais, fugindo à rigidez gramatical da língua portuguesa." - Afirmações que este ensaísta cabo-verdiano desenvolve na sua crónica (imprescindível no programa "África em clave cultural: personagens e eventos) em que dá a conhecer o percurso de vida e obras do já idoso Luandino Vieira.
Já o poeta Zetho Cunha Gonçalves, amigo e conterrâneo de Luandino Vieira, fala da metodologia de escrita de Luandino Vieira, das verdadeiras razões que o levaram a recusar o importante Prémio literário, Camões, e o testemunho da epopeia da luta de libertação que este exímio escritor representa para a literatura universal.
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