A frondosa ramagem de Paulo Flores
Dulce Araújo - Vatican News
À beira dos 35 anos de carreira e já com interessantes projetos na manga para marcar esta efeméride, Paulo Flores quer continuar a acreditar na humanidade e a trabalhar para um mundo melhor, mais do que para o sucesso.
E sente que foi isso que lhe valeu o convite a participar da audiência que, no dia 23 de junho de 2023, o Papa Francisco concedeu aos artistas do mundo inteiro em linha de continuidade com a atenção que a Igreja vem dando àqueles que considera indispensáveis para a construção de uma humanidade nova.
Com uma discografia abundante em quantidade e qualidade, rica do ponto de vista temático e estilístico em que abraça tanto o cancioneiro tradicional angolano como sonoridades doutros horizontes, este renomado compositor e interprete angolano-português preocupa-se com o antes e o depois da sua geração, homenageando nas suas obras seja os ancestrais, seja os jovens, promessas de uma África que não volta atrás.
Os decisores, esses continuam, não raro, distantes das pessoas - afirma - mas enquanto artista que se inscreve numa linha da música de intervenção, o que pode muitas vezes não agradar, segue em frente, sem se render, como aliás recomendou o Papa no seu discurso, e com o olhar genuíno e puro de criança, com olhos de ver e de sonhar - admite, solicitado pelo entrevistador (Filomeno Lopes) e parafraseando o Pontífice.
E desse seu olhar social atento e interventivo com a farda da arte, dá conta o poeta, Filinto Elísio (Rosa de Porcelana Editora) na sua crónica, definindo-o “artista de frondosa ramagem”.
Tudo, palavras e músicas, disponível neste file:
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