RDC. Card. Ambongo aos Congoleses: “trabalhar juntos por um Congo melhor que antes”
Eduardo H. Daniel - Vatican News
O Arcebispo de Kinshasa, na República Democrática do Congo (RDC), Cardeal Fridolin Ambongo, exortou ao povo congolês para estarem unidos, afim de criar uma relação de fraternidade, somente assim será possível a realização de um País “bonito”, que não se limita à sua história negativa.
Por ocasião do 63º aniversário da independência da RDC, numa mensagem partilhada com a ACI África, na terça-feira, 4 de julho, o Cardeal Ambongo disse que “o povo congolês marcou a comemoração de 30 de junho da ascensão do País à soberania com tristeza”.
"Vamos trabalhar para o surgimento de um Congo mais bonito do que antes", disse o Arcebispo da arquidiocese de Kinshasa, que também é Presidente do Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar (SECAM).
“Exorto os filhos e filhas deste belo País a estarem de mãos dadas para enfrentarem juntos os desafios da unidade e coesão nacional, os desafios da paz e do desenvolvimento sustentáveis e o desafio de salvaguardar as nossas fronteiras nacionais, objeto de tanta cobiça” enfatizou o Cardeal.
Como é do conhecimento, a parte oriental da RDC sofre violência há anos, e relatos indicam que mais de 6 milhões de pessoas fugiram de suas residências por causa da crise e das violências perpetradas por grupos rebeldes, como confirma o Programa Mundial de Alimentação (PAM).
O PAM diz ter relatado ainda que 5,7 milhões de pessoas foram deslocadas nas Províncias de Ituri, Kivu do Sul e Kivu do Norte, no leste da RDC, desde março de 2022.
Portanto, numa declaração de 22 de junho, os membros da Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) expressaram de forma unânime a preocupação com “a persistência e o agravamento da insegurança neste País”.
De fato, a Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) demostrou ulteriormente a sua preocupação especialmente com “a proliferação de grupos armados”. Esta preocupação por parte da CENCO é devida à expansão da milícia Mobondo, a operar na parte ocidental do País, incluindo a capital, Kinshasa.
Em conclusão da sua mensagem, por ocasião do Dia da Independência nacional, o Cardeal Fridolin Ambongo disse que a situação atual da RDC "não deve ser uma fonte de desespero para os Congoleses”.
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