Baltasar Lopes – um contributo único para a Caboverdianidade
Dulce Araújo - Vatican News
O programa “África em Clave Cultural: personagens e eventos” quis, esta semana, homenagear Baltasar Lopes, figura imprescindível da história socio-literária cabo-verdiana do século XX. Para essa homenagem revelam-se de grande importância a elucidativa crónica do poeta, ensaísta e cofundador da Rosa de Porcelana Editora, Filinto Elísio, assim como as considerações de dois conhecedores e apreciadores do romance “Chiquinho”:
- Vincenzo Barca, italiano, médico-psiquiatra, formado também em Línguas e Literaturas Estrangeiras, sobretudo a língua portuguesa, e que em 2008 traduziu “Chiquinho” para o italiano pelas Edições Lavoro, acompanhando-a de uma ampla introdução sobre o contexto histórico-social em que a obra surgiu. Na emissão, este psiquiatra aposentado e que já traduziu nada menos que uns 60 livros do português para o italiano, fala das razões que o levaram a traduzir “Chiquinho” e de como ultrapassou as dificuldades ligadas à natureza e linguagem da obra.
- Jairzinho Lopes Pereira, cabo-verdiano, teólogo e historiador, prefaciou e fez a revisão gráfica da mais recente edição de “Chiquinho” que, em 2021, a Biblioteca Nacional de Cabo Verde mandou imprimir no âmbito de um projeto de publicação dos clássicos da literatura cabo-verdiana esgotados no mercado. Tarefa que ele desempenhou com gosto pelo apreço e admiração que tem por essa obra e pelo seu autor - explica. Revela igualmente os critérios que adotou para a revisão gráfica. E como historiador, não foge à pergunta sobre a eventual importância de “Chiquinho” para quem estuda a História de Cabo Verde.
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