Dia da África - Cultura na definição do Desenvolvimento Africano
Dulce Araújo - Vatican News
A assinatura da Carta, com a qual os Chefes dos 32 Estados africanos então independentes, instituam a 25 de maio de 1963, na capital etíope, a Organização para a Unidade Africana, OUA, mais tarde, UA, devia ser um ponto de chegada e ao mesmo tempo de continuidade do projeto panafricanista que vinha sendo urdido desde há décadas por pensadores e líderes africanos, entre os quais Kwame N'Krumah, Presidente do Gana. Mas, infelzimente, os outorgantes da Carta chegaram divididos: por um lado os que queriam a plena unidade imediatamente e, por outros, os que a queriam gradualmente - faz notar o filosófo, Severiano Elias Nguenha, ao traçar a génese, o desenvolvimento e os numerosos entraves que a União Africana deve enfrentar para chegar a uma unidade plena, capaz de garantir a dignidade e a felicidades aos africanos, onde quer que estejam, no Continente ou na diáspora.
Por seu lado, o poeta, ensaísta e editor, Filinto Elísio (Rosa de Porcelana Editora) na sua crónica, salienta que a África, Berço da Humanidade, é definida desde os seus primórdios pela cultura e não pode prescindir da cultura no seu processo de edificação da unidade e como alavanca do seu desenvolvimento, pois que para além de ser fator identitário, a cultura é também um factor económico e de libertação no sentido lato.
Raciocínios a acompanhar na emissão que aqui se pode ouvir, acompanhado de música sobre a unidade da África.
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