Sínodo 2019: "Um apelo do Espírito Santo à Amazônia"
Cristiane Murray - Cidade do Vaticano
Transnacionalidade, eclesialidade e proteção da vida: são três características da Rede Eclesial Pan-amazônica (REPAM).
Reunindo as Igrejas de nove nações sul-americanas que têm a floresta Amazônica em seu território (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela), a rede articula ações de combate aos desafios comuns de povos, comunidades e dioceses de toda a região.
São 30 milhões de pessoas que falam 240 línguas diferentes, pertencentes a 49 ramos linguísticos, ameaçadas pela poluição, pelas mudanças no ecossistema do qual dependem e pela falta de proteção de seus direitos humanos fundamentais.
Megaprojetos e seus impactos
Isso ocorre quando, por exemplo, o desmatamento avança sem controle, ou quando projetos de mineração e de agricultura intensiva são iniciados sem consultar, muito menos envolver, as populações locais, no respeito da sua dignidade.
A REPAM, fundada em 2014, trabalha em sintonia com a Santa Sé, Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Secretariado da América Latina e Caribe de Caritas (SELACC) e Confederação Latino-americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas (CLAR).
“Um trabalho de rede que certamente favoreceu a realização do Sínodo Pan-Amazônico”, opina o Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da REPAM, em relação à Assembleia Especial convocada pelo Papa Francisco, a se realizar em outubro de 2019, em Roma.
Segundo Dom Cláudio, “já na carta programática Evangelii Gaudium, o Papa Francisco expressava seu desejo de transformar a Igreja numa Igreja missionária”.
“Neste sentido, a REPAM sempre teve o apoio e o entusiasmo do Papa, que compreendeu o seu papel importante de articular comunidades, dioceses, o povo; de promover uma Igreja encarnada em meio ao povo, aonde dores, clamores e conquistas são vividos em conexão, em rede”.
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