Somos um único povo, uma única família, diz bispo coreano
Cidade do Vaticano
“É preciso continuar e nunca cansar-se de buscar um caminho para a convivência e a reconciliação de nosso povo”.
Este foi a exortação do bispo de Daejeon, Dom Lazzaro You Heung-sik, ao comentar à Agência Sir o encontro entre as delegações das duas Coreias realizado na terça-feira, 9, no povoado de Panmunjon, na zona desmilitarizada.
Foi o primeiro encontro de diálogo de “alto nível” entre representantes do Norte e do Sul, que tratou, entre outros, sobre a participação norte-coreana nas próximas Olimpíadas de inverno.
Drama das famílias separadas
“Estou muito contente. O encontro andou muito bem!”, exclamou o prelado, sublinhando a importância do “pedido por parte da Coreia do Sul de dar início a uma discussão sobre a situação das famílias separadas, em vista do Ano Novo lunar que se celebra em 14 de fevereiro, e de ativar uma linha direta entre militares, para evitar confrontos acidentais na fronteira”.
Uma nova linguagem
O discurso de final de ano que o líder da Coreia do Norte Kim Jong-un dirigiu à nação, já dava sinais de que um processo de reaproximação estava em andamento
“O que tocou de fato – disse Dom You – foi o uso de uma linguagem nova, suave, com menos tensão. Não uma, mas diversas vezes Kim Jong-un afirmou: “Somos um único povo, uma única raça”, fazendo votos depois de que os jogos olímpicos possam ser um sucesso para todo o povo coreano”.
Somos um único povo, uma única família
E sobre a possibilidade de dar início a relações menos tensas na península coreana, desempenhou um papel fundamental o novo presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in.
“É preciso dialogar, negociar, encontrar-se, continuar o diálogo - reitera o bispo. Sem tudo isto, não há nenhuma possibilidade de aproximação. Estamos vendo os primeiros avanços”.
O esporte com os jogos olímpicos fez muito mais do que os políticos conseguiram fazer até agora.
“Do ponto de vista político – observa Dom You – não é fácil falar. Mas nós somos um único povo, uma única família e é esta realidade a base de todo diálogo. Mas é preciso fazer mais, é preciso fazer todo o possível para que a Coreia volte a ser unida”.
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