Portugal/Migrações: D. Vitalino contra «pactos de deportação»
Domingos Pinto - Lisboa
O apelo marcou a homilia do bispo emérito de Beja no passado domingo, 14, na Missa a que presidiu na igreja paroquial da Buraca (Patriarcado de Lisboa).
Uma eucaristia que assinalou o encerramento do XVIII Encontro de Animadores Sociopastorais das Migrações que teve lugar no Seminário de Alfragide.
Um encontro organizado pela Agência ECCLESIA, Cáritas Portuguesa e Obra Católica Portuguesa de Migrações sobre o tema “Partilhar a Viagem: acolher, proteger, promover e integrar migrantes e refugiados”.
Os participantes associaram-se à Campanha “Partilhar a Viagem”, promovida pela Caritas Internationalis durante os próximos dois anos para “incentivar a população portuguesa a estreitar relações entre migrantes, refugiados e as comunidades locais”.
D. Vitalino Dantas, membro da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana evocou a mensagem do Papa para o 104.º Dia Mundial do Migrante e Refugiados, e defendeu umaresposta global ao “grande problema” das migrações nas sociedades atuais, rejeitando soluções como “pactos de deportação”.
Uma preocupação presente no documento conclusivo do encontro que alertou para o debate em torno dos dois Pactos Globais das Nações Unidas sobre Migrantes e Refugiados que se espera sejam aprovados até ao final de 2018, envolvendo “toda a comunidade internacional na proteção dos direitos dos migrantes e refugiados”.
“Precisamos de encarar o problema de frente, não podemos fechar os olhos e pensar que não existe. Existe e todos os países do mundo têm de dar as mãos, para atuar junto destes nossos irmãos que saem das suas terras”, disse ainda o bispo emérito de Beja, que se referiu sobretudo aos migrantes que vivem “clandestinamente” nos países de acolhimento.
De Lisboa, a reportagem com o nosso correspondente Domingos Pinto:
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