Patriarca de Lisboa: "empenho com matrimônios e famílias”
Lisboa - Domingos Pinto
A vida deve ser respeitada “inteiramente da conceção à morte natural”, defendeu D. Manuel Clemente na homilia que proferiu esta 5ª Feira Santa, 29, na Sé de Lisboa.
“Por isso o Papa Francisco insiste tanto na necessidade de uma vinculação que previna e ultrapasse qualquer deriva egoísta” e “vinculação que tenha como lugar original e pedagógico a família, para nascer, crescer e aprender a conviver”, reafirmou D. Manuel Clemente que considera que este ponto deve ser “uma prioridade irrecusável na pastoral da Igreja”.
Usando a linguagem do Papa Francisco, D. Manuel Clemente disse que é essencial “passar do pecado que nos isola à vinculação que nos refaz”, advertindo que «o grande risco do mundo atual, com a sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada».
O Patriarca de Lisboa citou ainda a Encíclica Laudato si’ para reafirmar uma “ advertência papal: "Quando, na própria realidade, não se reconhece a importância de um pobre, de um embrião humano, de uma pessoa com deficiência – só para dar alguns exemplos -, dificilmente se saberá escutar os gritos da própria natureza. Tudo está interligado".
Na sua homilia, D. Manuel Clemente pediu “um reforçado empenho na preparação e acompanhamento do matrimónio e das famílias”, e deixou outro grande desafio: “Apresentemos sempre e com toda a clareza o ensinamento de Cristo sobre o matrimônio” que “não diminui a atenção devida às situações de fragilidade neste campo, mas acompanha-as em “discernimento dinâmico”, rumo à efetivação dos ditames evangélicos”.
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