5º dia da Assembleia Geral da CNBB: Dom Murilo e a situação no Brasil
Silvonei José - Aparecida
Neste final de semana a 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que se realiza em Aparecida (SP), e reúne mais de 300 bispos de todo o país, teve uma pausa nos trabalhos. Deste o início da tarde ontem os bispos estiveram em retiro, conduzido pelo bispo emérito de Marajó, Dom José Luís Azcona. O retiro se concluiu com a Santa Missa na Basílica Nacional às 11h30, presidida pelo arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer. Milhares de fiéis e romeiros encheram a “Casa da Mãe”.
O momento de espiritualidade dos senhores bispos foi um momento para a meditação sobre a vida pastoral de cada bispo, assim como, para pedir o auxílio de Deus às dioceses. Dom Azcona, pregador oficial partilhou com todo o episcopado sua experiência e história de grande significado para a luta contra o tráfico humano de pessoas e a prostituição infantil, especialmente na Ilha do Marajó, no Pará.
Retiro espiritual
A temática do retiro dos bispos foi a mesma do último documento do Papa Francisco, lançado esta semana, a Exortação Apostólica “Gaudete et Exsultate”, na qual o Pontífice quer “fazer ressoar mais uma vez o chamado à santidade”, indicando “os seus riscos, desafios e oportunidades”.
“Às vezes falamos de Cristo como a nossa paixão, mas muitas vezes ocultamos e deixamos na sombra a sua identidade como crucificado”, disse. A identidade de Cristo, ao qual queremos seguir, afirmou Dom Azcona, é marcada pelas chagas.
Para o bispo emérito de Marajó as raízes da santidade e, portanto, do bispo hoje sempre estão na sua condição primeira de cristão. Ele disse que é necessário chegar à identidade de cristão para ser missionário.
Atualização dos Estatuto Canônico da CNBB
Entretanto o cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida (SP), falou na manhã de ontem, sábado (14) aos bispos reunidos em plenário na parte da manhã sobre a atualização dos Estatuto Canônico da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tema que já apresentará durante a coletiva de imprensa na sexta-feira, dia 13.
Dom Raymundo explicou aos jornalistas que o Estatuto em vigor foi aprovado em 2001 e promulgado no ano seguinte. Em 2015, atendendo ao pedido dos bispos, a presidência da CNBB nomeou uma comissão para a reforma do documento, presidida pelo Cardeal.
“Eu não chamaria de uma reforma, porque ela não é tão profunda, mas uma revisão dos estatutos, procurando adapta-los às novas exigências que se fazem necessárias”, destacou Dom Raymundo.
Mas sobre os trabalhos desta semana da Assembleia Geral nós conversamos com o arcebispo de Salvador na Bahia, primaz do Brasil e vice-presidente da CNBB, Dom Murilo Krieger. Ele falou ainda da situação atual do Brasil.
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