Conselho Mundial de Igrejas: paz entre as Coreias e direitos humanos
Cidade do Vaticano
Concluíram-se, nesta quarta-feira (20/06), os trabalhos da Comissão central do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) que nesta quinta-feira (21/06), acolheu o Papa Francisco em sua sede, em Genebra, Suíça.
Nesses dias, a comissão formada por 150 delegados das Igrejas de todo o mundo tomou uma série de decisões e resoluções.
Dentre as mais importantes, segundo a Agência Sir, a escolha de acolher o convite da Igreja Evangélica na Alemanha de realizar, em 2021, a próxima assembleia geral do CMI, na cidade alemã de Karlsruhe, na fronteira com a França.
Viagem rumo à comunhão
A assembleia, que se realiza a cada oito anos, é fundamental para a vida das Igrejas-membro e de todo o movimento ecumênico.
Apresenta-se como “oportunidade única para continuar a viagem rumo à comunhão”. É também a sede onde são examinados os programas, decididas as políticas futuras a serem seguidas, eleger os presidentes e nomear os membros da Comissão central que funciona como principal órgão de direção do CMI até a próxima assembleia.
Passaram-se 50 anos desde que uma assembleia do CMI foi realizada no continente europeu. A última realizou-se em Uppsala, Suécia, em 1968.
Implementação plena da Declaração de Panmunjom
O CMI está acompanhando de perto o processo de paz entre as duas Coreias. Nesses dias, em Genebra, uma delegação da Coreia do Sul e da Coreia do Norte tiveram encontros intensos.
A Comissão central do CMI define a recente declaração de Panmunjom, assinada em abril passado pelo presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-i, e pelo presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un, assim como o encontro entre Kim Jong-un e o presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, “um primeiro passo importante no retrocesso do confronto nuclear, em prol de um futuro mais pacífico e seguro na região”.
A declaração pede a todas as partes para que trabalhem pela “implementação plena da Declaração de Panmunjom, que é um quadro de referência para garantir a paz sustentável na península coreana”.
Priorizar os direitos humanos
O Comitê central recorda que, este ano, não somente se celebram os 70 anos do CMI, mas também da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Na declaração divulgada, nesta quarta-feira (20/06), o Conselho Mundial de Igrejas reitera “com vigor o caráter decisivo, aliás indispensável” desse instrumento jurídico internacional, “especialmente num momento em que os direitos humanos estão cada vez mais em risco, até mesmo nos Estados e Regiões em que sempre foram reconhecidos”.
Foi lançado um forte apelo às Igrejas a fim de “priorizar novamente o apoio aos direitos humanos”.
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