Associação Mundial de Universidades Jesuítas será criada em Bilbao
Cidade do Vaticano
A Universidad de Deusto, em Bilbao, sedia até quinta-feira a Assembleia Mundial das Universidades Jesuítas - realizada a cada cinco anos - e que reúne 300 presidentes e diretores de 220 instituições acadêmicas em todo o mundo, para discutir os desafios educacionais que devem ser abordados para elaborar uma estratégia comum do futuro.
A importância do encontro, que teve início na manhã desta segunda-feira, 9, é revelada entre outros, pela presença do Rei da Espanha Felipe VI – que abriu os trabalhos - e o presidente do País Basco, Iñigo Urkullu.
Ademais, como não poderia ser diferente, está presente - naquela que é sua primeira visita ao País Basco - o Prepósito Geral da Companhia de Jesus, padre Arturo Sosa, assim como o ministro espanhol da Ciência, Pesquisa e Universidades, Pedro Duque, e de cardeais colaboradores diretos do Papa Francisco como Giuseppe Versaldi e Gianfranco Ravasi.
A maioria dos participantes da cúpula participou no domingo da Missa de boas-vindas, celebrada na capela gótica do complexo de Bilbao, e também de um jantar no Museu Guggenheim.
Após os atos oficiais de abertura, os participantes começaram a analizar o atual estado da educação jesuíta, que conta com "a maior rede global de universidades, presente em 54 países e com 800.00 estudantes e cinco milhões de ex-alunos".
Uma transcendência que não passou despercebida do reitor de Deusto, José María Guibert, na entrevista concedida ao El Correo e publicada na edição de domingo, onde reiterava que o verdadeiro desafio de sua comunidade é "formar pessoas em valores, para que sejam líderes políticos" capazes de forçar uma mudança positiva na sociedade, que é precisamente o lema desta edição: "Transformando juntos o nosso mundo".
Justiça ambiental
O presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, cardeal Gianfranco Ravasi abriu o ciclo de palestras, lançando as diretrizes das seis linhas temáticas sobre as quais o encontro girará.
A este respeito, além de reforçar a liderança "cívico e política" - as Universidades jesuítas de Georgetown, Loyola Chicago, San Francisco, Ateneo de Manila ou Sofía de México Sofia, estão entre as mais prestigiadas do mundo - será enfatizada a necessidade de enfrentar os desafios necessários para avançar para uma a "justiça ambiental e econômica, a educação dos marginalizados ou o diálogo entre diferentes religiões".
Na terça-feira, falarão sobre o impacto destas questões, líderes de opinião de alto nível como o cientista político indiano Pankaj Mishra, considerado um dos "100 pensadores globais" do planeta. E especialistas como Gaël Giraud, cientista e membro da Escola de Economia de Paris.
Mas talvez o momento mais importante do encontro terá lugar na quarta-feira, pois além do pronunciamento do Padre Geral da Companhia de Jesus, na Basílica de Loyola será fundada oficialmente a Associação Mundial de Universidades Jesuíta.
Na quinta-feira, projetos concretos de universidades serão apresentados e recomendações para o futuro serão debatidas antes de concluir a reunião mundial às 20 horas.
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