A solidariedade dos episcopados latino-americanos à Nicarágua
Cidade do Vaticano
A repressão contra o povo nicaraguense e a agressão ao cardeal arcebispo de Manágua Leopoldo Brenes, ao bispo auxiliar Silvio José Báez, ao núncio apostólico no país Dom Stanislaw Sommertag na segunda-feira, 9 de julho, na Basílica Menor de San Sebastián, em Dirimba e a dois sacerdotes na paróquia Santiago, em Jinope, foi condenada por diversos episcopados latino-americanos.
Costa Rica
A Conferência Episcopal da Costa Rica classificou como “covarde” a agressão, e diante do recrudescimento constante da repressão do governo nicaraguense contra seu próprio povo, reitera sua “mensagem de solidariedade e proximidade com os irmãos bispos e com o povo da Nicarágua”, exortando a comunidade internacional “a colaborar com a solução deste conflito, para que se encontre o caminho que leve à paz”.
México
Proximidade e solidariedade e um chamado à comunidade internacional para colaborar na solução do conflito, também é expresso pela Conferência Episcopal Mexicana, que reza para que a Virgem de Guadalupe auxilie e proteja o povo nicaraguense nestes momentos de dificuldade.
Argentina
O episcopado argentino convida os fiéis do país para “acompanhar o sofrimento dos nicaraguenses”, e pede a Deus “o dom da paz e a sabedoria do diálogo fraterno”.
Em um comunicado, os prelados argentinos expressam aos bispos nicaraguenses agredidos “a profunda comunhão pelo fiel testemunho evangélico diante da agressão sofrida como pastores, enquanto levavam o consolo e a fortaleza da fé a sacerdotes e fiéis vítimas da violência”.
Panamá
Já o Comitê Permanente da Conferência Episcopal Panamenha quis tornar público seu “mais enérgico repúdio aos atos violentos” contra os irmãos bispos da Nicarágua.
“Essa agressão irracional é uma prova da ausência de ouvir o clamor do povo, que exige de suas autoridades um país democrático, em que o pensar diferente do outro não seja causa de perseguição e repressão”.
“Esses atos – diz a nota – são perpetrados por aqueles que não compreenderam que com a violência jamais se poderá encontrar os caminhos de diálogo e reconciliação para solucionar a grave crise vivida na Nicarágua”.
Cuba
Na mensagem dirigida ao arcebispo de Manágua, cardeal Leopoldo Brenes, e assinada por Dom Juan de Dios Hernándes, sj, bispo auxiliar de La Habana e secretário geral da Conferência Episcopal cubana, os bispos cubanos afirmam que “esses atos de violência e profanação, de crimes e abusos de poder, são verdadeiramente degradantes, e por isso, experimentamos o sentido lógico da fraternidade pastoral diante do momento que enfrentam”.
“A todos os irmãos bispos, sacerdotes, diáconos, religiosas e religiosos e fiéis e a todos os nicaragüenses de boa vontade, fazemos chegar a nossa proximidade fraterna, oração solidária e o profundo desejo de que os caminhos do perdão, o diálogo construtivo e sincero, assim como os anseios da verdade, justiça e apego à legalidade constitucional, levam a uma paz estável e verdadeira”.
Guatemala
Os bispos da Conferência Episcopal guatemalteca acompanham com "atenção e preocupação" o desdobramento dos acontecimentos no "país irmão". “É lamentável e injustificável que não exista disposição por parte das autoridades governamentais de gerar as condições para o retorno da paz ao povo nicaraguense. Muitas mortes poderiam ter sido evitadas”.
“Louvamos e apoiamos em solidariedade a comunhão eclesial, os esforços realizados por nossos irmãos bispos nicaraguenses para acompanhar o povo sofredor e buscar uma saída na justiça e na verdade para esta situação”.
Honduras
"Nós nos unimos a tantas Conferências Episcopais e Igrejas particulares que expressaram um valioso testemunho de comunhão para elevar juntos uma súplica e orações ao Pai celestial, pedindo paz e justiça na Nicarágua, pedindo por sua Igreja e por cada pessoa e cada família que vivem no meio ao perigo, ameaça e incerteza", é o desejo expresso pelo episcopado hondurenho.
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