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Mensagem final da AMECEA: reevangelização

Migrantes, famílias, jovens: são alguns dos pontos centrais da mensagem final da 19ª Assembleia Plenária da Associação dos Membros das Conferências Episcopais da África Oriental (AMECEA), que se concluiu em Addis Abeba, na Etiópia. Foi manifestado o compromisso de colaboração com o Dicastério para a Comunicação.

Cidade do Vaticano

É preciso uma “reevangelização” nos países da África Oriental. Essa é uma das passagens mais importantes da mensagem final da 19ª Assembleia Plenária da Associação dos Membros das Conferências Episcopais da África Oriental (AMECEA). A mensagem foi lida pelo seu novo presidente, Dom Charles Kasonde, bispo de Solwezi na Zâmbia. Na entrevista ao Vatican News o bispo reiterou a necessidade de uma evangelização mais profunda na África, um Continente onde há o paradoxo de uma crescente prática cristã e ao mesmo tempo aumento endêmico de conflitos étnicos.

Dom Kasonde falou da determinação dos bispos da AMECEA em trabalhar pela busca de soluções de algumas dramáticas questões africanas: as migrações e os refugiados, a mudança climática, os desafios da paz e da insegurança que aumenta cada vez mais, assim como a urgência e a esperança de muitos jovens africanos, cada vez mais desiludidos.

Etiópia e Sudão do Sul

Os bispos exprimiram satisfação pelos novos passos realizados, justamente neste período pela paz e o diálogo entre a Etiópia e Eritrea, depois de vinte anos de conflito. Também manifestaram-se positivamente pelos progressos realizados nas negociações de paz no Sudão do Sul comunicando que continuam as orações pela resolução do conflito.

Dicastério para a Comunicação

Também foi manifestada satisfação pela formação do Dicastério para a Comunicação no Vaticano, junto com o compromisso em colaborar e levar o Evangelho para toda região. O novo prefeito do Dicastério vaticano, Paolo Ruffini, enviou uma mensagam à Plenária dias atrás, garantindo que a Igreja na África pode contar “com a constante colaboração do Dicastério para a Comunicação” para difundir “a mensagem do Evangelho e a voz do Santo Padre”, mas também as notícias sobre as “atividades” da Igreja do Continente, “todos seus sucessos”, assim como “seus desafios e sua dor”. Na mensagem os bispos apreciam os esforços feitos para investir na criação de conteúdos católicos interativos nos sites diocesanos e paroquiais, assim como nas plataformas sociais, rádios católicas, televisões e jornais como meio de evangelização e convidam os profissionais mediáticos à credibilidade e responsabilidade “reconhecendo o papel da mídia no processo de desenvolvimento humano integral”.

Jovens, meio ambiente, migrantes

Depois foram detalhados os pontos sobre os jovens e a necessidade de maior desenvolvimento de programas pastorais e também de enfrentar os desafios do desemprego, também foi manifestada a necessidade de defendê-los da ameaça do extremismo religioso e do terrorismo. Sobre as questões ambientais a atenção é pela necessidade de defender a terra como “nossa casa comum” evitando interesses privados. Quanto aos migrantes e deslocados foi vista a necessidade de sustentar um pacto global como o proposto pelo Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Integral.

Corrupção

Enfim, foi sublinhada a questão dos países marcados pela “corrupção generalizada”, convidando os agentes pastorais a se concentrarem na formação dos cristãos para prepará-los para que se tornem líderes íntegros na sociedade.

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23 julho 2018, 14:11