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Indonésia: Igreja ao lado da população atingida pelo terremoto

Na Indonésia, são pelo menos 142 as mortes causadas pelo terremoto que atingiu a ilha de Lombok em 5 de agosto passado. Entrevista com o responsável pelos projetos da Caritas Indonésia, Yohanes Baskoro.

Amedeo Lomonaco e Silvonei José - Cidade do Vaticano

Na Indonésia, a situação é dramática. Segundo fontes locais, o balanço das vítimas, ainda provisório, está destinado a aumentar. Aldeias inteiras estão sem eletricidade. A proteção civil informou que mais de 13 mil residências foram destruídas. Várias testemunhas também relatam sobre a ausência de adequados planos de evacuação. Estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham encontrado abrigo em estruturas temporárias. Os membros da Oxfam, uma ONG presente na área, informaram que não há água potável na ilha.

Cancelado alerta tsunami

Ao terremoto de domingo (05/08) se acrescenta outro terremoto que atingiu a Indonésia, em 29 de julho. Na ocasião, 17 pessoas morreram. Motivo de preocupação são também os tremores secundários. Por sua vez, cancelado o alerta tsunami. Em 2004, somente na Indonésia, mais de 120 mil pessoas morreram devido a um devastador terremoto e ao consequente tsunami. Esse novo tremor de terra trouxe, mais uma vez, dor e angústia à população. O Papa Francisco, em 6 de agosto passado, em um telegrama, expressou suas condolências e assegurou sua "proximidade na oração".

 

O compromisso da Caritas Indonésia

Os católicos na Indonésia são uma minoria. Mas a contribuição deles, também nesses momentos dramáticos, é preciosa. A Igreja está presente nas áreas atingidas pelo terremoto de 29 de julho e 5 de agosto, para coordenar as primeiras intervenções. Em particular, está presente na ilha de Lombok uma equipe da Diocese de Denpasar. Nesta primeira fase, estão sendo distribuídos kits higiênicos  e realizados projetos para a reconstrução. Na entrevista de Francesca Merlo, o responsável de projetos da Caritas Indonésia, Yohanes Baskoro, fala sobre a situação na ilha de Lombok. Nas áreas afetadas pelo terremoto - afirmou - outros voluntários chegarão nos próximos dias.

R. - Neste momento estamos dando o nosso apoio e estamos fazendo isso desde o dia seguinte ao primeiro tremor  de 29 de julho: os voluntários distribuem os kits higiênicos e levam os feridos aos hospitais mais próximos para os primeiros socorros. Fomos solicitados a fornecer ulteriores kits de higiene para 188 casas nas aldeias das áreas mais atingidas. Estimamos que terminaremos com a entrega dos kits na segunda semana de agosto e, enquanto estivermos fazendo isso, começaremos a fornecer ajuda para as vítimas do terremoto. Em nome da Caritas Indonésia, na próxima semana, vamos envolver outros voluntários. Também faremos as devidas avaliações dos prejuízos.

A Indonésia é um país predominantemente muçulmano. Vocês encontraram dificuldades, enquanto organização católica e considerando que os cristãos são uma minoria?

R. - Não temos dificuldade em fornecer ajuda humanitária: nunca usamos o nome da Igreja e levamos a nossa ajuda não somente aos católicos, mas a todas as comunidades atingidas pelo terremoto, independentemente de sua pertença religiosa ou étnica.

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08 agosto 2018, 11:10