Padre Nuno Gonçalves, Reitor da Pontifícia Universidade Gregoriana Padre Nuno Gonçalves, Reitor da Pontifícia Universidade Gregoriana 

“Papa é um grande dom do Espírito Santo à Igreja dos nossos dias

Entrevista à VATICAN NEWS do sacerdote jesuíta Nuno Gonçalves, reitor da Universidade Pontifícia Gregoriana (Roma).

Domingos Pinto – Lisboa

“Temos de ter as antenas muito abertas. Temos de estar atentos aos sinais dos tempos”- começa por dizer na sua 1ª entrevista ao portal da Santa Sé opadre jesuíta Nuno Gonçalves, reitor da Universidade Pontifícia Gregoriana (Roma).

Uma entrevista na sequência da sua condecoração no passado dia 23 de Julho pelo Presidente da República em Lisboa como Grande Oficial da Ordem de Santiago de Espada, uma Ordem Militar que se destina a distinguir o mérito literário, científico e artístico.

“A Igreja  também espera de nós e a sociedade também espera de nós uma identidade cultural forte” sublinha o antigo provincial dos jesuítas portugueses interrogado sobre o dialogo fé e cultura no nosso tempo.

“Escutar, ouvir, perceber quais são os movimentos culturais à nossa volta, e termos também a capacidade de intervir e a capacidade de dialogar”, explica o sacerdote jesuíta que valoriza neste contexto o contributo da Universidade Pontifícia Gregoriana que tem atualmente 2700 alunos, “quase metade são da faculdade de Teologia”.

O padre Nuno Gonçalves vê também “com uma grande alegria” a nomeação de D. Jose Tolentino como novo arquivista e bibliotecário da Santa Sé, “um lugar em que se tem a possibilidade não só de trabalhar para dentro da igreja, como tem também uma dimensão de diplomacia cultural muito importante”.

Já sobre o pontificado do papa, o  reitor da Universidade Pontifícia Gregoriana diz que vê  Francisco como “um grande dom do Espirito Santo à Igreja dos nosso dias”, um papa que tem uma mensagem que “passa com tanta eficácia”. E com “uma linguagem que o mundo percebe”.

Ainda nesta entrevista ao portal do Vaticano, o padre Nuno Gonçalves lança um olhar para o seu país, um “Portugal que atravessa uma fase de crescimento económico, embora sempre com grandes fragilidades”.

“Do ponto de vista social mantém-se grandes desigualdades sociais, que são preocupantes porque isso afeta a coesão social”, diz o sacerdote.

Já do ponto de vista religioso, o padre Nuno Gonçalves  diz que “é um país que, não podemos negar, caminha a passos largos para uma grande secularização, mas no meio desta secularização há também sinais que nos dão muita esperança”.

Oiça!

 

 

 

 

 

 

 

 

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13 agosto 2018, 15:18