Voluntariado missionário de longa duração aposta em Portugal
Domingos Pinto - Lisboa
Os números, divulgados em Lisboa, são revelados pela Rede de Voluntariado Missionário coordenada pela Fundação Fé e Cooperação (FEC), organismo da Igreja Católica em Portugal.
“Este ano temos a novidade dos Leigos para o Desenvolvimento que envia voluntários em missão durante um ano, no mínimo, para dentro de Portugal”, sublinha ao portal da Santa Sé Catarina António, coordenadora da rede e gestora de projetos da FEC.
Esta experiência inovadora tem lugar nas localidades da Caparica e do Pragal, no concelho de Almada, onde o voluntariado assenta nos mesmos moldes das diversas missões que se realizam fora do país.
No total, 421 jovens e adultos realizam projetos de voluntariado missionário em países em desenvolvimento e 607 desenvolvem atividades de voluntariado/missão em Portugal.
O número global (1028 voluntários) representa uma diminuição face a 2017 (1403 voluntários), em período homólogo, verificando-se, no entanto, “um aumento no número de voluntários que parte para missões fora da Europa”, revela a Rede de Voluntariado Missionário.
Cabo Verde vai acolher 117 voluntários; São Tomé e Príncipe recebe 76; Moçambique, 67; Angola, 54; Guiné-Bissau, 40; Portugal, 17; Brasil, 14; Tanzânia, 11, Timor-Leste, nove; Costa do Marfim, cinco; Grécia, cinco; Argentina, dois; a República Centro Africana, a Etiópia e Zâmbia recebem um voluntário cada.
A maioria dos voluntários tem idades compreendidas entre 18 e 30 anos, sendo 67% estudantes, recém-licenciados ou pessoas empregadas que dedicam o seu tempo de férias para se integrar no desenvolvimento de projetos de voluntariado internacional.
22 pessoas, entre os 18 e os 50 anos, deixam o seu emprego e nove pedem uma licença sem vencimento para partir este ano para países em desenvolvimento, um total de 11 desempregados decidem dedicar o seu tempo a experiências de voluntariado missionário, representando um total de 3% no universo do número de partidas.
As principais áreas de intervenção das entidades são a agricultura, animação sociocultural, construção de infraestruturas, educação e formação, pastoral, saúde, dinamização comunitária, entre outras necessidades sentidas no decorrer dos projetos.
Para Catarina António, “é um voluntariado de entrega”, e responde “ao apelo do Papa Francisco que nos convida a ser uma igreja em saída e a dar um bocadinho do melhor de nós a outros povos, a outras pessoas”.
“O Papa Francisco é um exemplo. Tem chamado muito a nossa atenção de que nós somos cristãos, e como cristãos somos logo à partida missionários”, diz a gestora de projetos da FEC que vê no Santo Padre “uma pessoa que transborda amor e transparece esse amor para todos nós”.
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