Dom Armando: Francisco é um estímulo enorme para nós bispos
Raimundo de Lima - Cidade do Vaticano
Amigo ouvinte, voltamos ao quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” neste espaço de formação e aprofundamento trazendo, sobretudo mediante a contribuição de nossos pastores, um pouco da caminhada pós-conciliar da Igreja no Brasil e na América Latina em geral.
“O bispo é homem de oração, é homem do anúncio e homem de comunhão”, disse o Papa Francisco no sábado, 8 de setembro, aos bispos dos territórios de missão – três dos quais da América Latina – recebidos em audiência no Vaticano.
Em seu discurso, o Santo Padre discorreu sobre a identidade e missão do bispo. Lembrou que “o bispo não vive em escritório, como um administrador de empresas, mas no meio do povo, pelas estradas do mundo, como Jesus. Leva seu Senhor aonde não é conhecido, aonde é desfigurado e perseguido”.
Tendo ressaltado que configurado a Cristo o bispo é chamado a ter as feições do Bom Pastor, pediu que tivessem amor pelos pobres: “Amá-los significa combater todas as pobrezas, espirituais e materiais. Dediquem tempo e energias aos últimos, sem medo de sujar as mãos. Como apóstolos da caridade, cheguem às periferias humanas e existenciais de suas dioceses”, exortou-os.
Pois bem. Na edição de hoje nosso convidado destes dias, o bispo da Diocese de Bacabal – MA, Dom Armando Martín Gutiérrez, F.A.M., tece-nos algumas considerações sobre esse pastoreio feito de acolhimento e proximidade que Francisco pede aos bispos.
Nosso entrevistado diz-nos que em sua maioria entre os bispos, particularmente no Maranhão, “o tom geral é realmente a simplicidade e a proximidade, a consciência de que estamos a serviço da Igreja, do nosso povo (…), que nos questiona e que de algum modo nos ajuda também a crescer a e exercer o ministério segundo as necessidades que este nosso povo, a Igreja de hoje tem”.
O bispo de Bacabal diz ainda que o Papa Francisco é um estímulo enorme para os bispos nesta vivência, e que para o povo, sentir a proximidade do bispo é uma alegria muito grande. Dom Armando inicia evidenciando que há uma identificação recíproca entre os bispos e o Papa: “Existe uma identificação conosco, de nós com ele, que seguramente ele recebeu também da sua experiência pastoral na América Latina. E nos identificamos porque o nosso modo de ser pastor é assim”, afirma ainda. Vamos ouvir (ouça na íntegra clicando acima).
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