Combonianos solidários com o Papa
Domingos Pinto - Lisboa
“Nós achamos que as reformas do Papa Francisco não só são certas, como são necessárias e são para continuar”.
É desta forma que o padre José Vieira, provincial dos combonianos portugueses, destaca ao Vatican News o sentido da carta que a sua Congregação enviou ao Papa Francisco no final da assembleia intercapitular, que teve lugar de 19 a 29 de setembro passado em Roma.
“Escrevemos-lhe uma carta a dar conta disso mesmo. Que estávamos com ele, que rezávamos por ele e, sobretudo, que o apoiávamos neste esforço reformista da igreja, porque ele precisa do nosso apoio”, sublinha o sacerdote português.
Para o religioso, que esteve sete anos no Sudão do Sul, e de onde regressou em finais de 2013, “não é só o abuso sexual de menores, digamos, não é só a pressão do exterior; é sobretudo a pressão do interior”.
Já sobre os temas tratados na assembleia intercapitular, o Provincial dos combonianos portugueses sublinha o aumento de vocações “sobretudo na África”, este ano com “quase 50 rapazes que fizeram a 1ª profissão”.
“A preocupação é nós continuarmos a responder aos desafios que a missão nos põe com o envelhecimento cada vez maior do Instituto”, diz o padre José Vieira que considera vital “redimensionar” os “compromissos missionários”.
“Esta mudança de geografia vocacional da América Latina para a África traz-nos problemas ou desafios novos. Um desses grandes desafios é o da interculturalidade”, reafirma o sacerdote, que refere neste contexto a importância da proclamação de 2019 como “o Ano da Interculturalidade”.
O padre José Vieira espera ainda que as comunidades sejam “um laboratório da inclusão” e deixa um alerta: “ O primeiro agente da evangelização não é o missionário sozinho. É a comunidade, é a maneira como nós vivemos a fraternidade”.
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