D. Carlos Azevedo: “evangelizadores dos jovens são os jovens”
Rui Saraiva – Porto
O Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens está a decorrer no Vaticano e terminará no próximo dia 28 de outubro. Teve início a 3 de outubro e nesse mesmo dia o Papa Francisco, na homilia da Missa que inaugurou este grande evento, afirmou a necessidade da Igreja ser capaz de falar com os jovens, sem barreiras nem preconceitos.
Iniciando nesse dia 3 de outubro a XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos dedicada aos jovens, à fé e ao discernimento vocacional, o Santo Padre declarou: “Começamos um novo encontro eclesial capaz de ampliar horizontes, dilatar o coração e transformar as estruturas que hoje nos paralisam, separam e afastam dos jovens, deixando-os expostos às intempéries e órfãos duma comunidade de fé que os apoie, dum horizonte de sentido e de vida” – disse Francisco falando para milhares de fiéis que participaram na Missa na Praça de S. Pedro.
Esta grande assembleia dos bispos foi preparada pelos jovens no passado mês de março num grande evento que ficou conhecido por pré-Sínodo. Estiveram no Vaticano 300 jovens e online participaram mais de 15 mil jovens.
Nesse pré-Sínodo os jovens pediram uma Igreja credível, autêntica, alegre e comunicativa. Da reflexão surgiu um documento debatido em 20 grupos linguísticos que foi entregue ao Santo Padre no Domingo de Ramos na Páscoa deste ano de 2018. Nesse texto os jovens afirmam o anseio de um estilo de Igreja que seja transparente e acolhedora e que não repita erros do passado, sobretudo nos casos de abusos sexuais e de má administração das riquezas e do poder na Igreja.
Sobre os anseios dos jovens e da capacidade da Igreja de ir ao seu encontro, falou ao Vatican News, o bispo português D. Carlos Azevedo. O delegado do Conselho Pontifício para a Cultura afirma que “os jovens estão afastadíssimos da Igreja e a Igreja afastadíssima dos jovens”. Declara que a problemática dos jovens é “um desafio enorme” para a vida da Igreja e sublinha que o Sínodo é apenas uma “etapa”, pois o problema dos jovens na Igreja “é demasiado grave para ser resolvido com um Sínodo”.
O bispo português revela-se preocupado com o afastamento dos jovens da Igreja, reconhecendo, no entanto, existirem “sinais” muito “positivos” de jovens que encontram a “frescura” do Evangelho e “reconhecem” que a “proposta” da Igreja “lhes enche a vida”. D. Carlos Azevedo declara que com o Sínodo cumpre-se o objetivo de “ir ao encontro da vida das pessoas”.
O delegado do Conselho Pontifício da Cultura considera que “é importante formar uma geração de jovens”, pois “os grandes evangelizadores dos jovens são os jovens”.
O Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens, à fé e ao discernimento vocacional decorre no Vaticano até ao próximo dia 28 de outubro e está a concentrar as atenções dos católicos e dos jovens em particular.
Laudetur Iesus Christus
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