Igreja na Coreia relança campanha pela abolição da pena de morte
Cidade do Vaticano
A Igreja católica na Coreia do Sul lança novamente no período do Advento a campanha pela abolição da pena de morte no país asiático.
A Comissão “Justiça e Paz” dos bispos coreanos convida todos os fiéis e cidadãos de boa vontade a assinar no Advento 2018 uma petição solicitando ao governo coreano que elimine a pena capital do ordenamento legislativo nacional.
É a quarta vez que a Igreja católica na Coreia participa ativamente de uma campanha de assinaturas para abolir a pena de morte e a prisão perpétua.
Nos últimos anos, sete pedidos de abolição da pena capital
A petição foi assinada, simbolicamente, pelo arcebispo de Seul, cardeal Andrew Yeom Soo-jung, pelo presidente da Conferência episcopal, Dom Igino Kim Hee-joong, e por numerosos outros líderes católicos e é difundida em todas as dioceses e paróquias católicas, convidando os fiéis a assinar após a participação da missa dominical.
O objetivo é concluir a nova coleta de assinaturas até 31 de dezembro e enviar a petição à 20ª Assembleia nacional. Nos últimos anos foram apresentadas ao Parlamento coreano sete iniciativas especiais pela abolição da pena de morte.
Relançamento da campanha após indicações do Papa
A Igreja católica na Coreia entregou assinaturas no Congresso em 2005, em 2008 e em 2012 e esta última petição teve a adesão de mais de 85 mil pessoas e de todos os 26 bispos coreanos.
Pena de morte viola dignidade da pessoa humana
A Igreja local decidiu relançar a campanha abolicionista seguindo as indicações do Papa Francisco que, meses atrás, modificou a norma do Catecismo da Igreja Católica (CIC) relativo à pena de morte, que agora diz:
“A Igreja ensina, à luz do Evangelho, que “a pena de morte é inadmissível, porque atenta contra a inviolabilidade e dignidade da pessoa, e se compromete, com determinação, em prol da sua abolição no mundo inteiro” (n. 2267 do Catecismo da Igreja Católica).
Pena capital tecnicamente em vigor
A Coreia do Sul é classificada como país “abolicionista de fato”, vez que a última execução capital é de 1997. Contudo, a pena capital no país é ainda tecnicamente em vigor para punir os crimes graves.
(Fides)
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