Portugal: Dom Joaquim Mendes pede “uma igreja mais inclusiva”
Domingos Pinto – Lisboa
“Infelizmente prevalece ainda na nossa sociedade uma mentalidade de discriminação e rejeição perante a condição de deficiente, como se esta condição impedisse de ser feliz e de se realizar a si mesmo”.
O alerta foi lançado por D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa, na eucaristia que presidiu no passado domingo, 2 de dezembro, na Igreja da Boa Nova, no Estoril, no âmbito do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
Uma celebração promovida pelo Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência (SPPD), da Conferência Episcopal Portuguesa, que divulgou neste contexto uma mensagem evocativa do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, celebrado anualmente a 3 de dezembro.
“Somos chamados a construir uma igreja família de Deus, inclusiva, aberta a todos, próxima, que cuida os mais necessitados”, sublinhou D. Joaquim Mendes na sua homilia onde deixou alguns alertas.
Para o Bispo Auxiliar de Lisboa, “uma falsa conceção da vida e uma visão narcisista e utilitarista, para além de lesar a sua dignidade, leva por vezes à sua manipulação e exclusão até ao ponto de suprimir os nascituros que apresentam algumas formas de imperfeição”.
“As pessoas com deficiência ensinam-nos a enfrentar o limite e ajudam-nos a crescer em Humanidade”, reafirmou o prelado que recordou a este propósito o Papa Francisco que considera que é preciso “assumir opções corajosas para a inclusão de quantos vivem com diversas formas de deficiência para que se sintam acolhidos, para que se sintam amados”.
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