Preparação ao matrimônio: é preciso ser Igreja e não só ir à Igreja
Bianca Fraccalvieri
O Papa Francisco voltou a falar da preparação ao matrimônio no discurso de inauguração do Ano Judiciário do Tribunal da Rota Romana.
Ao ressaltar que a unidade e a fidelidade são dois bens irrenunciáveis e constitutivos do matrimônio, o Pontífice recomendou que a Igreja esteja próxima às famílias, para acompanhá-las no decorrer de sua formação e desenvolvimento.
“É preciso uma tríplice preparação ao matrimônio: remota, próxima e permanente”, disse o Papa.
O casamento é um ato de fé
O vigário judicial da Diocese de Volta Redonda (RJ), Padre Vanderley Oliveira, compartilha das indicações de Francisco.
Lidando diariamente com as causas de nulidade matrimonial, Padre Vanderley conta casos que exemplificam a falta de sentido de pertença.
A catequese pré-matrimonial
As pessoas vão à Igreja, mas não são Igreja, afirma o vigário judicial, reafirmando a importância da iniciação da vida cristã:
“As pessoas não têm uma vivência cristã da vida. Então o sacramento é algo desconhecido. Então eles vão fazer a preparação porque eles têm que casar. Não entra nada. Já dei muita formação: as pessoas dormem, ficam no whatsapp, numa indiferença.... A importância da iniciação da vida cristã: é isso que a Igreja no Brasil está trabalhando muito. Precisa de uma nova catequese, um novo anúncio, as pessoas perderam a amizade com Cristo, do ser Igreja. Vou à Igreja, mas não sou Igreja, sem sentimento de pertença.”
A entrevista completa com o Padre Vanderley poderá ser ouvida no Programa Porta Aberta desta semana.
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