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Tem início primeira "Jornada Mundial da Juventude Indígena"

Será o primeiro encontro internacional com estas características, inspirado pelas palavras do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia em 2016, quando convidou os jovens a "seguir em frente valorizando as memórias do passado, com coragem no presente e esperança para o futuro."

Cidade do Vaticano

Uma das novidades nesta Jornada Mundial da Juventude, é um evento que teve início nesta quinta-feira, 17, e se estende até o dia 21, período em que as Dioceses panamenhas estão acolhendo os jovens peregrinos de várias partes do mundo que chegam ao país para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

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Trata-se da Jornada Mundial da Juventude Indígena", que reúne mais de mil jovens indígenas provenientes de vários países, e que se unirão aos jovens locais para compartilhar a mesma fé católica na diversidade de suas culturas ancestrais, suas expectativas e suas lutas.

O território do povo ngobe de Soloy, na Diocese de David, é palco deste aguardado evento. Aliás, é o primeiro encontro internacional com estas características, inspirado justamente pelas palavras do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia em 2016, quando convidou os jovens a "seguir em frente valorizando as memórias do passado, com coragem no presente e esperança para o futuro."

 

Cerimônias ancestrais em comunhão com a natureza, orações e danças tradicionais completam o programa formado pela partilha, por testemunhos, pelo lançamento de um projeto ecológico e por dramatizações das lutas que esses povos enfrentaram, explicaram os organizadores à Agência Fides.

A ideia da JMJ indígena surgiu em uma reunião das equipes de Pastoral Indígena da América Central e do México, no mês de outubro seguinte à JMJ realizada na Polônia e foi encorajada pelo encontro do Papa com os nativos da Amazônia em Puerto Maldonado (Peru) em janeiro de 2018, quando pediu para dar "um rosto indígena à Igreja", para ajudar o clero e fiéis a entender as culturas ancestrais e suas cosmovisões.

Logo que abriram as inscrições para a JMJ indígena, os primeiros a manifestarem interesse foram indígenas provenientes das Américas - onde vivem cerca de 60 milhões de indígenas de 522 povos diferentes - e da Austrália.

Em Soloy, foi construída em um parque uma “aldeia tradicional|, onde música, danças, artesanato e apresentações artísticas mostram à juventude de todo o mundo a riqueza destas culturas. O encontro também é uma oportunidade para refletir sobre a relação entre a fé cristã e as religiões tradicionais indígenas, acrescentaram os organizadores.

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17 janeiro 2019, 11:22