Angelo Cuartas Cristobal e companheiros Angelo Cuartas Cristobal e companheiros 

Beatos 9 seminaristas espanhóis, mártires da perseguição

É o martírio "in odium fidei", o fio vermelho-sangue que une Angel Cuartas Cristóbal e seus 5 companheiros de seminário ao segundo grupo de mártires espanhóis assassinados entre 1936 e 1937 e beatificados neste sábado em Oviedo. Na celebração, representando o Papa, o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, o cardeal Angelo Becciu.

Oviedo

O Cardeal Angelo Becciu, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, presidiu, na manhã deste sábado (09/3), à cerimônia de Beatificação de Ángel Cuartas Cristóbal e seus Companheiros Seminaristas mártires, na Catedral de Oviedo, na Espanha.

Ouça a reportagem

Ángel Cristóbal Cuartas e seus Companheiros, - o mais velho tinha 25 anos e o mais novo 18 – foram assassinados por ódio à fé no período da famosa Revolução espanhola, entre 1934 e 1939.

Ángel nasceu em 1° de junho de 1910, em Lastres. Seu pai era pescador e sua mãe dona-de-casa. Foi o oitavo de nove filhos. Entrou para o Seminário de Valdediós em 1923 e, seis anos mais tarde, foi transferido para Oviedo, onde estudou Filosofia e Teologia. Era um jovem leal, tímido, respeitoso com seus Superiores, mas também alegre e divertido.

Durante o último ano de Teologia, já diácono e perto da sua ordenação sacerdotal, foi vítima da "Revolução de Outubro de 1934", que causou uma destruição violenta, perseguições, mortes e ferimentos da alma e do corpo.

Muitos padres, freiras, sacerdotes e seminaristas foram assassinados sem julgamento ou sentença, por ignorância católica, ódio, vingança.

Hoje, os restos mortais de Ángel Cristóbal, junto com os dos Seminaristas mártires, descansam na Catedral de Oviedo.

Não há maior prova do que dar a vida por aquilo que se ama: este é o ensinamento dos mártires, entre os quais contamos os nove novos beatos de hoje, todos muito jovens, que preferiram morrer em vez de se esconder quando eram perseguidos por causa de sua fé. Seminaristas, todos eles, apaixonados pelo Senhor e que já haviam feito uma escolha precisa: oferecer suas vidas a Ele. E eles fizeram isso, até o último sacrifício. Uma escolha de fidelidade a Cristo "que deve ser de ensinamento a todos os sacerdotes a levar a sério  o seu chamado", sublinha o cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

09 março 2019, 12:13