Por rios e igarapés, junto ao Povo de Deus Munduruku
Cristiane Murray - Cidade do Vaticano
Na Amazônia é assim: não existindo estradas que liguem as aldeias ribeirinhas mais distantes, bispos, padres, religiosas, missionárias e missionários viajam em canoas e voadeiras por horas e até dias inteiros para encontrar o Povo de Deus e levar-lhe o conforto dos sacramentos.
Durante 10 dias, de 12 a 22 de março, o carmelita Dom Wilmar Santin, bispo da prelazia de Itaituba (PA), realizou sua oitava visita aos índios Munduruku assistidos pela Missão São Francisco no rio Cururu.
A Missão foi fundada em 1911 pelos padres franciscanos e as irmãs da Imaculada Conceição (SMIC). No momento, ali trabalham dois frades, quatro irmãs e dois estudantes franciscanos.
Para ir por água, primeiro se deve ir até Jacareacanga. São 400 km de estrada de chão pela rodovia Transamazônica. Depois segue-se de voadeira durante 10-12 horas, passando por perigosas corredeiras no Tapajós. De avião, um Cessna para 4 passageiros leva em torno de 2 horas.
Desta vez, o carmelita Frei Filomeno dos Santos, que está em Itaituba para uma ajuda temporária, acompanhou Dom Wilmar.
No dia 22 de março, Dom Wilmar retornou a Itaituba. Com exceção da ida e volta de avião, todo o transporte foi feito por água passando por rios e igarapés. Com uma frieira nos dedos do pé direito conhecida com “rói-rói”, porque rói os dedos e a sola do pé, Dom Wilmar voltou cansado, mas feliz.
Resultado da visita em números: 13 aldeias visitadas, 83 crismas, 12 batizados e 2 casamentos, além da instituição de 24 Ministros da Palavra.
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