Beata Conchita: rezar pela santidade dos sacerdotes
Jane Nogara – Cidade do Vaticano
Neste sábado (04/05) o cardeal Giovanni Angelo Becciu, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, presidiu o rito de beatificação de Maria Conceição Cabrera (Conchita) na Cidade do México. Na sua homilia, o cardeal iniciou falando sobre a inspiração das palavras da segunda leitura de São Paulo (Ef 3, 17-19) que exorta os cristãos de Éfeso a abrirem generosamente o coração ao amor de Cristo, único capaz de dar um sentido de plenitude para toda nossa vida. Maria Conceição, conhecida como Conchita “acolheu plenamente este convite”. “Desde jovem escolheu Deus como Amor absoluto que significa abraçar a sua vontade: ser esposa e mãe!”, disse o cardeal. “Como para Maria, a mãe de Jesus, também para Conchita a felicidade consistia em seguir não suas próprias inspirações, mesmo as santas, mas conformar-se ao projeto que Deus tinha para ela.
Viver neste mundo e não deste mundo
“A inspiração ininterrupta da sua existência – disse o cardeal – foi viver ‘neste’ mundo e não ‘deste’ mundo. Enraizada no amor de Cristo que supera todo o conhecimento”. “Do seu amor a Deus nascia a aflição contínua de amar o próximo, espalhando por onde andasse o amor de Cristo”.
Inspirou a criação de cinco Institutos
O cardeal evidenciou alguns detalhes da sua história rica e coberta de espiritualidade: “A Beata Conchita, único caso na história das fundações religiosas, inspirou a criação de cinco Institutos definidos as “Obras da Cruz”: duas congregações religiosas e três obras apostólicas, sem ocupar qualquer cargo em nenhuma delas. São: Apostolado da Cruz, as Religiosas da Cruz do Sagrado Coração de Jesus, a Aliança do Amor com o Sagrado Coração de Jesus, a Liga Apostólica, os Missionários do Espírito Santo e a Cruzada das almas vítimas”.
Santidade dos sacedotes
"A sua maior preocupação", disse o cardeal, "que chegava a ser sua ‘obsessão’ era a santidade dos sacerdotes pelos quais rezou e sacrificou si mesma. Quanto é necessária e atual esta missão!” exclamou o cardeal recordando que nos últimos tempos a Igreja viveu momentos turbulentos pelos escândalos de bispos, sacerdotes e religiosos que deformaram seu rosto e ameaçaram sua credibilidade. Porém disse o cardeal “a nova Beata nos ensina o comportamento correto: sustentar com a proximidade espiritual e com a oração os que vivem diariamente a própria vocação com fidelidade e abnegação. Trata-se da grande maioria das pessoas consagradas que oferecem um límpido testemunho de fé e de amor”.
Mãe de nove filhos
Na conclusão da homilia, Dom Angelo recorda a ternura, a simplicidade, e afetuosidade que caracterizavam esta Beata mãe de nove filhos, apaixonada pela Eucaristia.
“Mamãe sorria sempre, testemunham seus filhos. Marcada pelo amor e à vontade de Deus, era aberta com alma serena a tudo o que o recebia do Senhor na alegria e na dor. Era uma mulher com uma grande personalidade, mulher de oração e de zelo apostólico e que encontrava em si mesma a força moral para se impor como líder no campo social e no ambiente eclesial. Soube realizar uma magnífica síntese de contemplação e de ação: as figuras evangélicas de Marta e Maria encontram-se unidas e sincronizadas na existência da nova Beata".
Modelo para as mulheres
“Hoje”, conclui o cardeal, “ela se apresenta a nós, especialmente às mulheres, como um modelo de vida apostólica: reza e age, tem o pensamento fixo no céu e os olhos dirigidos à terra; adora e exalta a grandeza de Deus e se dedica às misérias e às necessidades dos homens”.
Beata Maria Conceição Cabrera (Conchita), reza por nós!
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