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Amazônia: assassinado presidente Sindicato dos Trabalhadores Rurais

Carlos Cabral Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Rio Maria, na região sudeste do Pará, foi assassinado na tarde dessa terça-feira, 11 de junho, com 4 tiros. Repam: Nota de Repúdio por mais uma morte no campo.

Cidade do Vaticano

De acordo com testemunhas, dois homens em uma moto preta teriam disparado contra o ativista. Cabral foi atingido por quatro tiros, dois desses na cabeça e morreu a caminho do hospital municipal de Rio Maria. O ativista já havia sido alvo de um atentado, em 1991, quando também foi baleado em uma emboscada.

Nota da Repam

A Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil manifesta seu repúdio à ação violenta e atentado que vitimou mais uma liderança no campo. Carlos Cabral Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Rio Maria, na região sudeste do Pará, foi assassinado na tarde dessa terça-feira, 11 de junho, com 4 tiros. Ele já havia sido alvo de um atentado, em 1991, quando também foi baleado em uma emboscada.

É lamentável a situação enfrentada pelas lideranças nas diferentes frentes de atuação no campo, principalmente na região amazônica. Segundo dados do relatório Conflitos no Campo no Brasil 2018, da Comissão Pastoral da Terra, 49% dos 1.489 conflitos no campo no Brasil, registrados, ocorreram nesta região. E das 960.630 pessoas envolvidas em conflitos, 62% (599.084) estão na Amazônia Legal. O estado do Pará lidera os números de assassinatos e tentativas de homicídio.

Diante desse episódio e tantos outros casos de assassinatos relacionados a conflitos agrários no estado, exigimos que o poder público tome as providências cabíveis na apuração e resolução do caso, com investigação ágil e isenta, bem como estabeleça políticas públicas em vista da garantia e proteção de tantos homens e mulheres que a cada dia têm suas vidas ameaçadas no campo.

Manifestamos nossa solidariedade à família de Carlos Cabral, aos amigos e companheiros de luta e a todas as lideranças ameaçadas e perseguidas no campo, de forma especial em Rio Maria, informalmente tratada como “a terra da morte anunciada”, e pedimos que o poder público atue com veemência no combate à impunidade para que, assim, cessem as violências no campo.

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14 junho 2019, 12:33