Bispos dos EUA pronunciam-se contra a política do medo
Cidade do Vaticano
O presidente da Conferência Episcopal dos EUA, cardeal Daniel DiNardo, escreveu diretamente ao presidente estadunidense, Donald Trump, para convidá-lo a reconsiderar as ações tomadas em relação aos imigrantes pelo Departamento para a segurança e que há semanas disseminou um pânico generalizado nas comunidades imigradas no país.
“Condeno essa postura porque criou um clima de medo em nossas paróquias e está causando um sofrimento inaceitável em milhares de crianças na fronteira, porque as autoridades alfandegárias separam as famílias”, escreve o purpurado.
Medida contrária aos valores estadunidenses e cristãos
O presidente da Conferência episcopal declara “equivocado e insustentável” o método utilizado pela agência para a imigração que através dessas medidas busca dissuadir os habitantes da América Central de deixar seus países.
“É contrário aos valores estadunidenses e cristãos buscar impedir que as pessoas emigrem para cá quando estas fogem para salvar suas vidas e encontrar segurança para suas famílias”, prossegue o cardeal referindo-se à decisão tomada pela administração dos EUA, de modificar as modalidades de pedido de asilo.
Nova lei impede EUA de papel assegurador do direito de asilo
Segundo a nova lei, os migrantes que chegam ao território dos EUA pelo confim sudoeste não serão considerados idôneos a expor solicitação de asilo se não apresentarem um pedido para um refúgio num país terceiro, em que para chegar a este tenha sido obrigado a viajar aos EUA.
“Isso nos exime a um dever moral e impede os EUA de assumir um papel guia na comunidade internacional como assegurador do direito de asilo”, reitera o cardeal.
Congresso condena comentários do Presidente Trump
Esta terça-feira (16/07) a Câmara dos Representantes do Congresso estadunidense aprovou uma resolução de condenação aos comentários considerados racistas feitos pelo Presidente Donald Trump em relação a quatro deputadas democratas.
A Câmara, que tem maioria democrata, votou a resolução com 240 votos favoráveis e 187 contrários. Quatro deputados republicanos votaram a favor da resolução.
(L’Osservatore Romano)
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