Campanha da Cáritas #EuMigrante ajuda venezuelanos a ingressar no mercado de trabalho do Brasil
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
"Peçamos ao Senhor que inspire e ilumine as partes em causa, para que possam o quanto antes chegar a um acordo que coloque fim aos sofrimentos das pessoas pelo bem do país e de toda a região", disse o Papa ao final do Angelus do último domingo (14), em referência à crise vivida na Venezuela.
Com a situação preocupante no campo sociopolítico que perdura desde 2015, mais de três milhões de pessoas cruzaram as fronteiras rumo a outros países, como é o caso do Brasil. Segundo a Cáritas, cerca de 150 mil pessoas entraram por Roraima e se inscreveram em programas que permitiram a migração para outras cidades - um grande grupo de homens, mulheres e crianças que fugiram do seu país em busca de recursos básicos para poder sobreviver.
Você também pode ajudar a campanha #EuMigrante
Um dos projetos que ajuda a amenizar o drama dos migrantes tanto no processo de acolhida como a ingressar no mercado de trabalho e iniciar uma nova vida no Brasil é a campanha #EuMigrante, fazendo o que o próprio Papa Francisco pede de “acolher, proteger, promover e integrar os migrantes e os refugiados”. Uma página na internet reúne currículos de venezuelanos que desejam trabalhar, gerar renda e ter uma nova chance no Brasil. No endereço https://eumigrante.org/oportunidades, as informações são listadas em categorias, tais como a cidade onde o refugiado está abrigado e a atuação profissional. A página disponibiliza ainda um espaço para que empreendedores e outros contratantes brasileiros possam anunciar vagas de emprego para esse público específico.
A campanha #EuMigrante é uma promoção da Cáritas Brasileira, entidade comprometida com a promoção e atuação social, e com a defesa dos direitos humanos, em parceria com a Cáritas Suíça e o Departamento de Estado dos Estados Unidos. A iniciativa tem o objetivo de sensibilizar e mobilizar pessoas e recursos para a questão migratória no país, com o foco na crise humanitária vivenciada na fronteira entre o Brasil e a Venezuela.
Mais de 3 mil migrantes beneficiados
A meta é beneficiar, ao longo de um ano, mais de 3.500 pessoas, sendo pelo menos 1.224 delas imigrantes venezuelanas, a partir da integração em sete capitais do Brasil: Boa Vista (RR); Brasília (DF); Curitiba (PR); Florianópolis (SC); Porto Velho (RO); Recife (PE) e São Paulo (SP). Nesse processo, segundo dados da Cáritas do início do mês de julho, 612 pessoas já estão sendo integradas nessas capitais. Nos últimos 10 anos, a Cáritas Brasileira auxiliou mais de 300 mil famílias, migrantes ou não, contribuindo para a transformação de suas vidas e devolvendo a esperança de novas conquistas.
(Cáritas Brasileira)
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