Presbíteros para servir o povo de Deus
Rui Saraiva – Porto
O mês de Julho nas dioceses portuguesas é, normalmente, tempo de ordenações de diáconos e presbíteros. Os Seminários apresentam aqueles que amadureceram a sua vocação sacerdotal em vários anos de estudo, trabalho e discernimento e arriscam viver no serviço a Deus e à Igreja fazendo a escolha radical de seguir Jesus como sacerdotes. São momentos de grande alegria para as comunidades e de compromisso para o futuro. Oportunidade para conhecermos as suas histórias de vocação e também o que pensam os jovens padres sobre o trabalho que os espera.
Apresentamos aqui testemunhos de dois jovens padres da diocese do Porto, ordenados no passado domingo 14 de julho. Têm ambos 26 anos. São os padres Micael Silva e Tiago Santos e responderam à pergunta: o que deve ser um padre hoje na sociedade contemporânea? O registo áudio é do jornal diocesano “Voz Portucalense”.
Trabalhar em conjunto tendo como orientação o Evangelho
Micael Silva é de S. Martinho de Recesinhos em Penafiel. A sua vocação nasceu nas noites de oração em família. Recorda, em particular, a figura de seu avô “figura muito carismática e querida da paróquia” e a Missa com os seus pais que cantavam no coro. Cedo começou a gostar de brincar às missas, às procissões e aos funerais, dizendo que queria ser padre. Fez o pré-seminário e frequentou o Seminário Menor. O Seminário Maior, após o ensino secundário, foi uma experiência de “novidade”, “liberdade” e “camaradagem”.
Para o padre Micael “ser padre na sociedade contemporânea é estar com o povo e a partir daí aplicar o Evangelho”. “Tenho vontade de trabalhar mas primeiro tenho que conhecer as realidades” – afirma o padre Micael, frisando que nas paróquias “nos tempos de hoje tem que se trabalhar em conjunto tendo como orientação o Evangelho.”
O padre é um construtor de comunhão
Tiago Santos é natural de Chave, concelho de Arouca, foi no contacto com a sua realidade paroquial que foi surgindo a sua vocação sacerdotal. Recorda a sua avó com quem viveu muitas das primeiras experiências na paróquia, nomeadamente a Missa. A figura do seu pároco foi uma referência e os anos passados na catequese e nos acólitos, momentos de uma inquietação espiritual que se foi desenvolvendo e tornando mais densa. Frequentou o pré-seminário e mais tarde o Seminário Menor, tempo do qual recorda a “seriedade da equipa formadora”.
Do Seminário Maior do Porto faz memória de uma “vida comunitária mais exigente” e enriquecedora. Para o padre Tiago “ser padre é ser um construtor de comunhão”. Para ele se um sacerdote “não for sinal de comunhão e unidade não é sinal de Deus” e, por isso, deve estar junto das pessoas e compreender as suas dificuldades.
Os novos diáconos e sacerdotes são sempre, para a Igreja e suas comunidades, um maravilhoso sinal de esperança e de renovação.
Laudetur Iesus Christus
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