As imagens da floresta devastada pelo fogo na Bolívia, em 22 de agosto de 2019 As imagens da floresta devastada pelo fogo na Bolívia, em 22 de agosto de 2019 

Igreja na Bolívia convoca Dia de Oração por Incêndios na Amazônia

O domingo, dia 25 de agosto, foi o dia convocado pelo arcebispo de Santa Cruz de la Sierra, Dom Sergio Gualberti Calandrina, para pedir a Deus por chuvas e para “promover a consciência do cuidado da Casa Comum, tarefa de todos”.

Bolívia

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O arcebispo de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, Dom Sergio Gualberti Calandrina, convocou as paróquias da arquidiocese para realizar um Dia de Oração pelos Incêndios na Amazônia. Neste domingo (25), os católicos irão pedir a Deus por chuvas e para “promover a consciência do cuidado da Casa Comum, tarefa de todos”.

A tristeza da Igreja da Bolívia

Em comunicado de 22 de agosto, o prelado expressou tristeza e dor pelos incêndios florestais que, no caso da Bolívia, estão afetando as regiões de Chiquitanía e o Chaco, “com enormes danos à saúde humana, às formas de vida das comunidades indígenas, à biodiversidade e aos serviços ambientais”. "Os incêndios que afetam essas áreas, parques nacionais e subnacionais, afetam toda a Bolívia e além de nossas fronteiras", assinalou.

Dom Gualberti assinalou que, "como cristãos, não podemos ficar indiferentes", especialmente quando em outubro será celebrado o Sínodo Pan-Amazônico convocado pelo Papa Francisco.

As causas na Bolívia seriam as "queimas controladas"

Em sua mensagem, Dom Gualberti assinalou que "não podemos deixar de exercer nossa missão profética, denunciando as causas desses desastres". "Consideramos irresponsável, por parte do Governo Nacional, o Decreto Supremo nº 3973 de julho passado que autoriza as queimas 'controladas' sem contar com as condições e mecanismos para o controle efetivo das mesmas, fato que favorece os ‘chaqueos’ ilegais", denunciou, em referência à queima de áreas florestais para expandir a terra e a pecuária.

"Por outro lado, é um sinal óbvio de desconhecimento que, nesta estação do ano no leste da Bolívia, há fortes ventos quase sempre acompanhados de secas prolongadas", acrescentou. O Arcebispo de Santa Cruz pediu que o desastre ecológico "desperte uma maior consciência de que o destino das gerações presentes e futuras está intimamente ligado ao destino da natureza, criatura de Deus e que assumimos o cuidado da criação".

A situação da Amazônia no Brasil

Na Amazônia, a floresta tropical mais extensa do planeta, registram-se há cerca de 18 dias grandes incêndios que afetaram principalmente o Brasil e a Bolívia, mas também a área onde esses dois países fazem fronteira com o Paraguai. A extensão dos incêndios pode ser vista através do site windy.com, que mostra no mapa da América do Sul os pontos vermelhos que indicam altas concentrações de monóxido de carbono, que é um indicador de um incêndio ativo.

Até agora, no Brasil, o fogo devastou mais de 500 mil hectares de florestas, plantações e pastagens, gerando contaminação por monóxido de carbono em áreas próximas. Os estados do Acre e do Amazonas foram declarados com emergência ambiental. Na Bolívia, o vice-presidente Álvaro García Linera disse que os incêndios afetaram cerca de 600 mil hectares em Chiquitanía, no departamento de Santa Cruz.

ACI Digital

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24 agosto 2019, 15:30