O Papa João Paulo II em celebração na Paróquia Sant'Anna, no Vaticano (imagem de arquivo) O Papa João Paulo II em celebração na Paróquia Sant'Anna, no Vaticano (imagem de arquivo) 

Bispos poloneses e ucranianos: João Paulo II deve ser o “Padroeiro da Reconciliação”

Em documento conjunto assinado em Jasna Gora, na Polônia, Igrejas Católica e Greco-Católica Ucraniana expressam desejo para que a Santa Sé autorize a declarar o papa polonês como Padroeiro da Reconciliação. Documento também afirma de querer “olhar o passado no espírito evangélico, isto é, na verdade, na caridade e no perdão, sem os quais não é possível nenhum diálogo”.

Andressa Collet – Cidade do Vaticano

O presidente da Conferência Episcopal da Polônia, Dom Stanislaw Gadecki, e o líder da Igreja Greco-Católica Ucraniana, arcebispo-mor Svjatoslav Shevčuk, em documento conjunto assinado em Jasna Gora, na Polônia, afirmam: “é nosso desejo construir um futuro comum e dar passos que sirvam para aproximar as nossas comunidades”.

No texto, intitulado “Na caridade e na verdade” e assinado na terça-feira (27), os dois prelados se declaram “conscientes dos momentos difíceis na história das relações entre o povo polonês e aquele ucraniano”, assim como nas relações entre as duas Igrejas. No entanto, afirmam de querer “olhar o passado no espírito evangélico, isto é, na verdade, na caridade e no perdão, sem os quais não é possível nenhum diálogo”.

A contribuição de João Paulo II à reconciliação

O documento, firmado ao final do encontro do Conselho Permanente do Episcopado e do Conselho dos Bispos Diocesanos que teve o arcebispo-mor greco-católico ucraniano como convidado, lembra da contribuição de João Paulo II à reconciliação entre os poloneses e ucranianos. Além disso, expressa o desejo para que a Santa Sé autorize a declarar o papa polonês como Padroeiro da Reconciliação.

A história dos dois países

Na Polônia, atualmente moram cerca de 1,3 milhões de cidadãos ucranianos, que chegaram no país sobretudo em busca de trabalho. O documento recém assinado pelos representantes das duas Igrejas todavia é importante também no panorama histórico da II Guerra Mundial em que o aniversário de 80 anos será celebrado em 1º de setembro.

 (Agência Sir)

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29 agosto 2019, 16:55