Rabino Skorka: com o Papa, nos identificamos com as problemáticas mundiais

No encontro pela paz realizado em Madri, o rabino argentino Abraham Skorka, amigo do Papa Francisco, ressalta que sua mensagem para os participantes do encontro "é clara e sensível às necessidades daqueles que passam por dificuldades em suas vidas."

Mireia Bonilla - Madri

O rabino argentino Abraham Skorka e o Papa Francisco se conhecem há muitos anos, e não só. Eles também concordam em muitas das questões que foram  tratadas no encontro inter-religioso "Paz sem Fronteiras", realizado em Madrid e concluído nesta terça-feira, 17.

"Em muitas oportunidades repetiu-se o mesmo, nos identificamos constantemente com esses conceitos, são os conceitos que levamos juntos com certos paralelismos em nossas sensibilidades em nossas sensibilidades em relação às palavras dos profetas, que são especialmente refletidas nos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), de ter um comportamento comprometido com relação aos famintos ”.

Skorka também recorda de quando, nos tempos em que Bergoglio morava em Buenos Aires, ele mencionava constantemente esses versículos do livro do Profeta Isaías, nos quais diz "abra sua porta aos famintos".

A mensagem do Papa é sensível às necessidades dos mais desfavorecidos

 

Quanto à mensagem que o Papa Francisco enviou aos participantes do encontro, o rabino argentino diz que o Papa, como em todas as suas mensagens "é claro" e "sensível às necessidades daqueles que têm dificuldades em suas vidas", "dificuldades - ressalta - materiais e espirituais”.

Também expressa a importância desse encontro e de outros encontros realizados nesta linha, pois "analisam a problemática atual pela qual está atravessando que a humanidade", que é "grande", assegura, porém também se concentra nos diferentes conflitos humanos: " o problema dos migrantes, o problema da pobreza no mundo etc. ”

Paz sem Fronteiras: Procure respostas para os problemas atuais

Nesse sentido - continua - os líderes das diferentes confissões religiosas "estão tentando encontrar respostas para essas perguntas" e, ao mesmo tempo, "aprofundar  para entrar mais a fundo nos vereditos finais do ser humano" tentando encontrar não apenas respostas conjunturais", mas respostas que possam nos dar as bases sobre as quais construir uma humanidade melhor. ”

 Por fim, ele explica que esse tipo de encontro  "sacode as mentes de todos os participantes", mas também são um eco "para sacudir as mentes e os corações de muitos mais."

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17 setembro 2019, 20:39