Cardeal José Tolentino Calaça de Mendonça Cardeal José Tolentino Calaça de Mendonça 

Portugal. D. José Tolentino Mendonça recebeu Medalha de Mérito da Região Autónoma da Madeira

A mais alta insígnia regional, atribuída pela sétima vez, foi entregue no Funchal ao cardeal madeirense após proposta do PSD e do CDS-PP, aprovada por unanimidade.

Domingos Pinto - Lisboa

“Sinto-me muito pequeno perante o significado desta condecoração que recebo com a humilde consciência de que tantos outros dos nossos concidadãos provavelmente a mereceriam mais do que eu pelos seus feitos nas diversas áreas do saber ou da vida pública, e pela sua dedicação à nossa terra”.

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Palavras de D. José Tolentino Mendonça no passado dia 23 de dezembro no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Madeira onde decorreu a cerimónia em que recebeu a Medalha de Mérito daquela Região Autónoma.

O ato solene de atribuição da medalha decorreu perante D. Nuno Brás, bispo do Funchal, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e outras autoridades políticas, militares, religiosas e civis, além de familiares do homenageado.

No seu discurso, o bibliotecário e arquivista da Santa Sé lembrou que “o verdadeiro heroísmo não está na maior parte das vezes nos brilhantes pontos de chegada, mas sim nos pontos de partida de cada história”, ocasião para homenagear o “heroísmo anónimo, o heroísmo das vidas simples” de tantas pessoas.

D. José Tolentino Mendonça deixou ainda dois pedidos aos responsáveis políticos da região, nomeadamente uma “especial atenção à causa da Educação”, para que esta “seja assumida como um desígnio transversal e coletivo”, e ainda uma consciência ecológica “mais ativa”, sublinhando que a “ilha que nos sonha precisa de ser protegida e cuidada”, apesar da sua “intensidade telúrica poderosa”.

Por sua vez, José Manuel Rodrigues, presidente da Assembleia Regional da Madeira, falou numa “enorme honra” por acolher o cardeal madeirense, e evocou a ligação histórica entre o arquipélago e a Igreja Católica, o papel da Madeira na “evangelização de novos mundos”, a partir do século XV, e a diáspora madeirense no mundo, com os atuais problemas sentidos pela comunidade na Venezuela.

“É nosso dever acolher, promover e integrar estes nossos concidadãos”, sublinhou, recordando também o drama dos “migrantes e refugiados”.

 

 

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28 dezembro 2019, 08:38