Igreja inclusiva no Panamá: missa em língua de sinais na festa do Cristo de Esquipulas
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
Neste ano, a festa em homenagem ao Santo Cristo de Esquipulas, no Panamá, contou com a interpretação da linguagem de sinais. O recurso foi utilizado pela primeira vez na Diocese de Penonomé, durante a celebração eucarística de 15 de janeiro na Paróquia de São João Batista, em Antón. Nesta data, muitos países da América festejam o santo.
A missa e a inclusão
Centenas de fiéis participaram na missa campal, presidida pelo presidente da Conferência Episcopal do país, dom Rafael Valdivieso. Uma barraca especial acomodou as pessoas com algum tipo de deficiência, e a celebração teve tradução em língua de sinais, graças ao apoio da Secretaria Nacional de Deficiência (Senadis).
Segundo a agência de notícias ACI Prensa, outras paróquias da Diocese já demonstraram interesse em incluir a linguagem de sinais nas missas, em trabalho conjunto com instituições estatais. O diretor da Pastoral de Comunicação, pe. Rufino Marón, enfatizou que a proposta motiva a participação de todos, sem se sentirem excluídos da celebração.
Pe. Rufino acrescentou: “quando há idiomas diferentes, também ocorre a tradução. E como uma homilia ou oração podem ser traduzidas, por que não expressar também aos nossos irmãos que, por diversos motivos, não têm a capacidade de escutar, de ver e de ser participante desse grande mistério? A Igreja está sempre buscando inclusão", finalizou o sacerdote.
O respeito à vida e à natureza
Durante a homilia, dom Rafael fez um chamado para se respeitar a vida, ao pedir menos violência no país e a se viver os valores e o amor em família. Já o bispo da Diocese de Penonomé, dom Edgardo Cedeño, solicitou aos fiéis um olhar importante para a natureza, evitando as queimadas, e incentivou as autoridades a buscarem métodos para frear os incêndios florestais.
A transmissão da fé
Na noite do dia 15, a imagem do Santo Cristo de Esquipulas saiu em procissão percorrendo as ruas da cidade. A veneração ao santo de Antón, segundo historiadores, parte de duas diferentes versões: a primeira da imagem do Cristo Negro oriunda da Guatemala e, a segunda, proveniente da Espanha.
A certeza, porém, é que desde a sua chegada, o Cristo de Esquipulas é o santo mais venerado na região e por fiéis do exterior. Sua imagem é sempre vista com testemunhos de milagres, através de inúmeras e pequenas figuras de ouro e prata em formas de pés e mãos.
(Pastoral dos Meios de Comunicação da Diocese de Penonomé)
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