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Igrejas no Líbano apoiam novo governo e condenam violência nos protestos

O novo governo libanês, liderado por Hasan Diab, foi formado no dia 21 de janeiro, quase três meses após a renúncia de Saad Hariri, pressionado pelas manifestações ocorridas em todo o país.

Cidade do Vaticano

Abertura e encorajamento ao novo governo, denúncia do flagelo da corrupção, juntamente com a advertência de que o legítimo direito a se manifestar não pode ser invocado para justificar ações violentas e "não-civilizadas" perpetradas por grupos de  provocadores nas praças e nas ruas durante os protestos nos últimos meses.

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Esta é a posição assumida pelos líderes das Igrejas e comunidades eclesiais presentes no Líbano, após o encontro realizado na terça-feira 28 de janeiro na Sede Patriarcal Maronita de Bkerkè, a convite do patriarca maronita Bechara Boutros Rai.  O motivo da reunião foi avaliar em conjunto o delicado momento histórico vivido pelo País dos Cedros, repleto de "armadilhas".

Participaram do encontro o patriarca greco-católico melkita Youssef Absi, o patriarca sírio-católico Ignace Youssif III Younan, o patriarca sírio-ortodoxo Mar Ignatius Aphrem II, o Catholicos da Cilícia dos Armênios Apostólicos Aram I e o reverendo Joseph Kassab, presidente do Conselho Supremo das Comunidades Evangélicas no Líbano e na Síria.

No documento conjunto, divulgado ao final do encontro das lideranças, é expressa a satisfação pela formação do novo governo confiado a Hassan Diab e pelos especialistas escolhidos pelo Premier, encarregado de formar a equipe de governo.

Os eclesiásticos também exortam toda a classe política a seguir com decisão o caminho das reformas estruturais necessárias para tirar o país da crise econômica que o sufoca. Os líderes das Igrejas também pedem que seja detida a sangria de recursos subtraídos do povo libanês pela corrupção.

Os patriarcas, bispos e líderes das comunidades cristãs reafirmam o pleno direito de que se possa expressar publicamente o próprio descontentamento e desacordo em relação à classe política, ao mesmo tempo em que condenam com veemência as ações "não civilizadas" que marcaram várias manifestações de rua, especialmente em Beirute.

Neste sentido, também é manifestado o apreço pelo trabalho do Exército e das forças de segurança e feita a exortação aos grupos violentos para que manifestem seu descontentamento em consonância com a ordem democrática. Os líderes religiosos reiteram assim, que a salvação da nação nunca pode ser alcançada por meio do derramamento de sangue.

(Agência Fides)

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29 janeiro 2020, 14:29