Núncio exorta bispos da África do Sul a serem verdadeiros exemplos
Cidade do Vaticano
Prossegue em Pretória, na África do Sul, a assembleia geral da Conferência episcopal local com o pronunciamento do núncio apostólico no país, dom Peter Welles, que se concentrou sobre como a “missão extraordinária” tão estimada pelo Papa Francisco pode e deve tornar-se para os bispos um verdadeiro “projeto de vida”. A assembleia teve início na quarta-feira, 22 de janeiro.
Experiência diária e contínua de conversão
O núncio exortou os bispos a voltar “à conversão do Batismo” para alcançar uma mais íntima participação na missão apostólica que os caracteriza: “Se Jesus é a raiz, então retornando à raiz, retornamos a Jesus”, afirmou.
“A referência profunda ao ministério sacramental do episcopado não é a consagração três vezes por parte do Espírito Santo nos momentos da ordenação diaconal, presbiteral e episcopal, mas uma experiência diária e contínua de conversão”, acrescentou.
Voltar à verdade do Evangelho
Recordando o Evangelho segundo São Lucas, dom Welles explicou à assembleia que “o maior entre vós deve tornar-se como o mais jovem e o líder como aquele que serve. Afinal, quem é o maior, aquele que está à mesa ou aquele que serve?”
Ser exemplos autênticos, então, significa voltar à verdade do Evangelho, vez que a missão fundamental da Igreja é evangelizar. Uma missão em que, porém, embora sendo imutável no tempo e no espaço, não o são seus instrumentos: portanto, é inevitável também para os bispos adaptar-se aos tempos para alcançar “todas aquelas periferias que precisam da luz do Evangelho”.
Ministério, dom que se recebe do qual é preciso cuidar
Citando o Papa São Paulo VI, o núncio indicou em seguida o grande múnus apostólico ao qual os bispos são chamados: ensinar, governar e santificar. “Através da celebração da Eucaristia, da adoção da Lectio Divina, do Ofício, devemos tornar-nos orações vivas mediante as quais a Boa Nova se insere na vida do mundo”, disse.
Por fim, o prelado abordou o tema da crise espiritual e sacerdotal, ressaltando que “o ministério não é um contrato de trabalho, mas um dom que se recebe e do qual é preciso cuidar”.
Conhecer a alegria de Jesus e levá-la aos outros
“A crise vocacional de quem deixa – evidenciou – nos impulsiona a entrar em nosso sentido de crise: o que poderíamos ter feito a mais para tornar gratificante a escolha do serviço ao povo de Deus?”
Por fim, algumas palavras sobre a alegria: “Se quisermos conhecer a alegria de Jesus e levá-la aos outros, devemos ter consciência de que mexerá conosco, nos levará para além do nosso conforto, da certeza do passado, rumo à liberdade do Espírito Santo que sopra onde quer”, concluiu.
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