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Covid-19: Igrejas cristãs pedem aos EUA suspensão das sanções contra o Irã

"Uma resposta eficaz à pandemia requer solidariedade e cooperação global sem precedentes, atenção especial às pessoas mais vulneráveis e uma ação rápida para mitigar as condições que criam vulnerabilidades adicionais", afirmam os líderes cristãos

Vatican News

Igrejas cristãs em todo o mundo se uniram para pedir a suspensão das sanções contra o Irã, que impedem este país de enfrentar os atuais efeitos devastadores da emergência do coronavírus.

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"O novo coronavírus é um inimigo comum de toda a humanidade", lê-se em uma carta-apelo dirigida ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo Conselho Mundial de Igrejas (WCC, sigla em inglês), pelo Conselho Nacional de Igrejas de Cristo dos Estados Unidos e pela Act Alliance, uma coalizão de 151 Igrejas e agências associadas ao mesmo WCC e à Federação Luterana Mundial (FLM), que há dez anos estão envolvidas na ajuda a países pobres em todo o mundo.

"Uma resposta eficaz à pandemia requer solidariedade e cooperação global sem precedentes, atenção especial às pessoas mais vulneráveis ​​e uma ação rápida para mitigar as condições que criam vulnerabilidades adicionais", afirmam os líderes cristãos, que expressam profunda preocupação com o impacto que as sanções estadunidenses estão tendo sobre a população iraniana.

Com mais de 70.000 casos confirmados e mais de 4.300 mortes documentadas de Covid-19, "o Irã é de longe o país mais afetado na região leste do Mediterrâneo  E uma das nações mais afetadas no mundo", observa a carta, no entanto o trabalho de sua saúde pública é seriamente prejudicado pelo rigoroso regime de sanções impostas pelos Estados Unidos em maio de 2019, com o resultado de um bloqueio econômico quase total".

Disto, o apelo urgente para deixar de lado as reivindicações políticas anteriores à emergência do Coronavírus: "Agora é a hora da solidariedade internacional e da colaboração no controle da propagação do vírus, na proteção dos mais vulneráveis ​​e na derrota deste inimigo comum", afirmam com veemência os líderes das Igrejas cristãs.

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11 abril 2020, 17:56