Charles de Foucauld morreu em Tamanrasset, Argélia, em 1916 Charles de Foucauld morreu em Tamanrasset, Argélia, em 1916 

Com Charles de Foucauld, Papa canonizará estilo de vida cristã da Igreja do Magreb, diz cardeal

"O Irmão Charles, que para traduzir os Evangelhos aprendeu a língua dos Tuaregues, compondo um léxico e uma gramática nesse idioma, não exorta porventura as pessoas que se inspiram no seu carisma a entrar em diálogo com as culturas dos homens de hoje e a percorrer o caminho do encontro com as outras tradições religiosas, em particular com o Islão? Assim, as diferentes comunidades religiosas serão verdadeiramente "como comunidades comprometidas num diálogo de respeito, e nunca mais como comunidades em conflito" (Discurso de São João Paulo II na Mesquita Omeyade, em Damasco, na Síria, a 6 de maio de 2001).

Vatican News

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A decisão do Papa Francisco de canonizar Charles de Foucauld, canoniza por assim dizer o estilo de vida cristã da Igreja do Magrebe, cujo carisma tem suas raízes no norte da África. Esta é a leitura do cardeal Cristóbal López Romero, arcebispo de Rabat, Marrocos, ao comentar o anúncio nesta semana do reconhecimento por parte do Papa Francisco de um milagre atribuído à intercessão do religioso francês falecido na Argélia em 1916.

"É um grande estímulo para nossa ação pastoral - escreve o purpurado em uma carta aos fiéis - é a consagração de uma espiritualidade que apoiamos e promovemos".

 

O cardeal López Romero recorda que na escola de Charles de Foucauld formaram-se padre Charles-André Poissonnier e padre Albert Peyriguère, que deixaram uma forte marca na Diocese de Rabat, fortalecendo aquela que o próprio cardeal chama de "espiritualidade e tradição franciscano-foucaultiana".

O arcebispo de Rabat também convida os fiéis da diocese a acompanharem o Rosário que o Papa Francisco rezará na Gruta de Lourdes nos Jardins Vaticanos no final da tarde de sábado, em conexão com vários santuários marianos o redor do mundo, e que devido à emergência coronavírus tiveram que interromper suas atividades e peregrinações.

A transmissão ao vivo estará disponível também no portal da arquidiocese e em seus canais nas redes sociais.

Por fim, na esperança de que as igrejas reabram para o culto com os fiéis nos próximos dias e que, em 7 de junho, a solenidade da Santíssima Trindade possa ser celebrada com a presença dos fiéis, o cardeal convida as paróquias a se organizarem no respeito às medidas anti-Covid-19 e exorta a refletir sobre a experiência de confinamento devido à emergência sanitária e à doença que causou a pandemia. (TC)

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30 maio 2020, 07:39