COMECE lança apelo pelo fim da perseguição contra os cristãos na Nigéria
Vatican News
As comunidades cristãs continuam sendo perseguidas na Nigéria e a Comissão dos Episcopados da União Europeia (COMECE) exorta a Europa e toda a comunidade internacional a intensificar os esforços para acabar com as violências, levar os culpados à justiça, apoiar as vítimas e promover o diálogo e a paz.
Segundo estatísticas recentes, cerca de 6.000 cristãos foram mortos no país desde 2015, principalmente em ataques terroristas do Boko Haram e dos pastores Fulani.
Para a Conferência Episcopal da Nigéria, o governo federal não cumpriu seu dever primário de proteger os cidadãos, e na vida cotidiana está se difundindo a cultura da morte. Os bispos nigerianos também apontaram que as violências cometidas pelos pastores Fulani "não podem mais ser consideradas como um mero confronto entre pastores e agricultores".
Na sua resolução de 16 de janeiro sobre a Nigéria, o Parlamento Europeu deplorou os recentes ataques terroristas perpetrados por grupos jihadistas e a estratégia "vossa terra ou vosso sangue" dos combatentes Fulani. Ademais, também condenou a discriminação sofrida pelos cristãos nas regiões do país onde é aplicada a sharia.
Em um relatório do Tribunal Penal Internacional divulgado ano passado, foram consideradas como razoáveis as acusações segundo as quais, os crimes cometidos desde 2009 pelo Boko Haram eram crimes de guerra e contra a humanidade.
A COMECE, que há tempos acompanha os acontecimentos envolvendo os cristãos na Nigéria, contribuiu para o debate público que precedeu a resolução de janeiro do Parlamento Europeu e se valeu da opinião de especialistas internacionais e dos testemunhos coletados pela Ajuda à Igreja que Sofre. (TC)
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