Covid-19. Igreja no Cazaquistão se consagra a Maria para superar crise
Cidade do Vaticano
Proteção para o povo cazaque, para todos os atingidos pela Covid-19 – a doença causada pelo novo coranavírus – e para os profissionais da saúde engajados no combate ao vírus: é o que pedem os fiéis católicos do Cazaquistão dirigindo-se a Nossa Senhora e se confiando à Virgem Maria, Rainha da Paz e padroeira da ex-república soviética da Ásia Central.
É o que informa à agência missionaria Fides o bispo de Karaganda, dom Adelio Dell’Oro, em cuja cidade sede da diocese se realizou na sexta-feira, 1º de maio, na catedral, uma vigília especial de oração mariana.
Ato de consagração do país à Virgem Santíssima
“Após a exposição do Santíssimo Sacramento, li uma introdução para explicar o motivo dessa oração e o trecho do Evangelho em que Jesus, pouco antes de morrer, confia o apóstolo João a Maria. Recitamos três mistérios do Terço e depois foi feito o Ato de Consagração a Nossa Senhora”, conta o prelado.
“Utilizamos o texto composto 25 anos atrás pelo primeiro bispo de Karaganda, dom Jan Paweł Lenga: eram os anos imediatamente sucessivos ao esfacelamento da União Soviética e havia grande pobreza. Assim, no Santuário nacional de Oziornoje, o bispo quis consagrar o país a Maria.”
Diante de nova grave emergência Igreja recorre a Maria
“Trata-se de um lugar sagrado – continua dom Dell’Oro – porque nesta zona, durante a II Guerra Mundial, havia muitos deportados poloneses que não tinham o que comer e sofriam o frio. Rezaram com devoção a Nossa Senhora e quando o gelo se desfez formou-se um lago cheio de peixes, de modo que os deportados conseguiram superar a fome.”
Hoje, diante de outra grave emergência, a Igreja no Cazaquistão pede novamente a Nossa Senhora aquela proteção especial.
No início de maio, no Cazaquistão, se registram mais de 3.500 contágios de coronavírus e 25 mortos. O governo buscou limitar a difusão do vírus impondo o isolamento interno e a obrigação de visto para entrada no país.
Missas com no máximo cindo pessoas na igreja
Dom Adelio Dell’Oro ressalta: “A quarentena chegou aqui um mês depois da quarentena da Itália. Desde o Domingo de Ramos não há missas abertas ao povo e somente dias atrás deram a permissão para celebrar com um máximo de cinco pessoas na igreja. Em todo caso, os fiéis têm a oportunidade de participar de casa, seguindo a missa online. O governo está procurando organizar, nestes dias, a retomada de algumas atividades”.
Segundo comunicado à agência missionária Fides pelo bispo de Santíssima Trindade em Almaty e presidente da Conferência Episcopal do Cazaquistão, dom José Luís Mumbiela Sierra, no próximo dia 7 de julho a Igreja local deveria celebrar o 25º aniversário da consagração do país a Nossa Senhora de Oziornoje, mas provavelmente os festejos serão anulados ou adiados propriamente por causa da pandemia.
(Fides)
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