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Cai o número de católicos na Alemanha

Entre os fatores que mais influenciaram o abandono da fé católica, está a não identificação com os ensinamentos da Igreja no que tange a questões de moralidade sexual, mas também em questões como o sacerdócio feminino e o celibato dos sacerdotes.

Vatican News

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272.771 alemães abandonaram a Igreja Católica na Alemanha em 2019, um número 26% maior em relação ao ano anterior. É o que revela a pesquisa divulgada na última sexta-feira no site da Conferência Episcopal da Alemanha (DBK).

Em 2019, a Igreja Católica na Alemanha tinha 22,6 milhões de fiéis, o equivalente a 27,2% da população, em comparação com 27,7% em 2018. Uma diminuição também atribuível ao declínio demográfico: o número de funerais religiosos foi claramente superior ao de batismos neste período de tempo.

Também é verdade, no entanto, que o número de novos católicos (2.330) e de católicos que retornaram à fé (5.339) diminuiu em comparação com o ano anterior. De fato, é o número de abandonos da fé que continuaram a aumentar, especialmente nos últimos anos.

Os dados da pesquisa também revelam que muitos católicos alemães não se identificam mais com os ensinamentos da Igreja, particularmente em questões de moralidade sexual, mas também em questões como o sacerdócio feminino e o celibato de padres.

Não fica claro, no entanto, se a incidência dos escândalos de pedofilia na Igreja alemã teve alguma influência no abandono da fé.

Também não deve ser negligenciado o impacto do novo sistema de cobrança das taxas sobre o culto (a Kirchensteuer), que entrou em vigor em 2015 e foi percebido por muitos como um aumento da tributação. Antes de 2015, de fato, a Kirchensteuer era cobrada juntamente com os outros impostos, quando o contribuinte a solicitava formalmente, enquanto agora a cobrança é realizada automaticamente e é proporcional à renda, o que levou muitos cidadãos a não mais se declararem membros da Igreja. Um declínio semelhante também ocorreu na Igreja protestante.

O presidente da Conferência Episcopal alemã, dom Georg Bätzing, não esconde suas preocupações com essa tendência negativa: a diminuição na recepção dos sacramentos mostra "uma erosão dos laços pessoais com a Igreja", afirmou.

Segundo o bispo de Limburgo, o declínio deve levar a Igreja a refletir, particularmente sobre sua capacidade de falar com as pessoas hoje. Depois da perda da credibilidade, ela deve reconquistar a confiança por meio da transparência e da honestidade, enfatizou.

Vatican News - LZ

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29 junho 2020, 07:41