No Panamá, reabertura das igrejas somente quando paróquias estiverem preparadas
Vatican News
As igrejas católicas da Arquidiocese do Panamá não abriram suas portas na segunda-feira, 1° de junho, apesar da autorização do Ministério da Saúde, no início da segunda etapa de desconfinamento.
A decisão já havia sido anunciada pelo arcebispo do Panamá, Dom José Domingo Ulloa, após a Missa no domingo de Pentecostes, ainda celebrada na Capela do Seminário de San José, sem a participação dos fiéis, e transmitida pela mídia e redes sociais.
"A prioridade é a abertura dos templos, com segurança, solidariedade e a serviço de outros" - disse o prelado, esclarecendo que durante os mais de setenta dias de confinamento devido à pandemia, as orientações dadas pelos bispos sempre foram encaminhadas de forma a cumprir a Lei de Deus, que em seu quinto mandamento, ordena proteger, promover e defender a vida, preservá-la, a nossa e a dos outros. "É isso que estamos fazendo", disse Dom Ulloa, "preservando possíveis contágios e a disseminação da pandemia".
O arcebispo do Panamá explicou que das 98 igrejas católicas existentes na Arquidiocese, somente 32 informaram sobre as medidas a serem tomadas contra a Covid-19. "E, se esse requisito não for atendido, elas não poderão abrir."
"Os templos abrirão quando as paróquias estiverem prontas e tiverem formado comitês Covid-19 para evitar o contágio”, diz com firmeza o prelado.
De fato, a Conferência Episcopal considerou oportuna a criação dos comitês diocesanos e paroquiais de saúde Covid-19, responsáveis por preparar, organizar e orientar a comunidade para a reabertura dos templos e o retorno às celebrações.
Ademais, eles serão responsáveis pela avaliação permanente da situação e determinarão quando os templos estarão aptos a serem reabertos ou, eventualmente, fechados, dependendo da evolução do quadro das infecções provocadas pela pandemia.
Já em uma Assembleia Plenária, os bispos da Conferência Episcopal do Panamá haviam estabelecido as "Normas Gerais para a reabertura dos templos católicos e das celebrações litúrgicas" apresentadas em meados de maio, de acordo com os regulamentos estabelecidos pelas autoridades de saúde.
Por fim, Dom Ulloa recordou que a Arquidiocese do Panamá registrou o maior número de incidência de casos, o que leva a tomar ulteriores medidas e adaptar o protocolo nas áreas com maiosrfoco de contágios.
"Para que nosso retorno aos templos seja em paz, serenidade e segurança, é preciso prudência", enfatizou o arcebispo, pedindo aos fiéis para não darem ouvidos às "campanhas orquestradas nas redes sociais" que censuram a igreja que "em vez de abrir caminhos, os fecha”.
Até o momento, o Panamá registrou 363 mortes e 15.044 infecções por COVID-19. Existem 383 pacientes hospitalizados, 78 em unidades de terapia intensiva (UTI), 3.596 em isolamento domiciliar, 579 deles em hotéis-hospital.
Na última segunda-feira teve início a segunda fase com o desbloqueio de atividades produtivas em nível nacional, que inclui construção civil, indústrias e igrejas, a caminho de uma normalização gradual e escalonada no país.
Vatican News - ATD
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