Pandemia revela histórias de superação
Ricardo Gomes – Diocese de Campos
Verônica Gusmão da Silva Morgado residente na cidade do Rio de Janeiro revela as experiências que vivencia desde o inicio do isolamento social e a preocupação com o filho Pedro Gusmão Morgado, 8 anos que é autista. E o que seria um desafio acabou revelando as superações do filho em compreender o que está acontecendo e o isolamento social e como seriam as aulas com o menino. Pedro está no Terceiro ano do Fundamental I
“Quando iniciou o isolamento nós ficamos preocupados com a mudança na rotina, mas Pedro é um autista de grau leve e uma das principais questões é a socialização e logo se adaptou a não ter de participar das questões sociais. Procuramos deixar ele informado do que estava acontecendo no pais e no mundo. Conversamos e deixamos ele assistir os noticiários e ele compreender o porque de não poder sair, não ir a escola, de não fazer as terapias. Ele ficou 15 dias sem ter as aulas. A Psicóloga não parou e a Psicomotricidade teve de parar por ser uma terapia de movimento”, reflete a mãe.
A adaptação às aulas aconteceram de imediato pelo fato do menino gostar de tecnologia, celular, tablet e computador e foi mais fácil revela a mãe que ficou ajudando e acompanhando e incentivando participando e as aulas iniciaram com vídeos curtos e aos poucos as terapias foram sendo adaptadas.
“A gente incentivando as atividades físicas leves, uma corridinha com obstáculos e a principio ele aceitou bem e agora esta resistindo e só aceita as atividades do terapeuta e da escola e fazemos um trabalho para ele não ficar limitado a televisão e as tecnologias. Não sentiu muita falta do convívio dos amigos e estão sempre se falando pelos grupos pelas redes sociais e a escola iniciou as aulas remotas e com professores e alunos ao vivo e ele gostou muito desse contato com os amigos e as provas passaram a ser pela plataforma digital e estamos sempre junto dele, estudando e tirando as dúvidas do conteúdo, porque fica difícil da professora fazer isso e estou sempre participando. Ele está muito bem e a gente brinca esse é o nosso momento e ele concorda, mesmo com resistência e participa e o pai sai com ele para caminhar para ter esse desgaste físico e ajuda ele a dormir, já que ele toma medicação para pegar no sono, mas esta tudo fluindo muito bem. Ele reclamou que estava cansado da quarentena e queria muito poder sair, passear e ver os amigos. Esta muito tempo dentro de casa e estamos cumprindo o isolamento dentro do possível e Pedro sabe que não pode abraçar, não pode beijar e não pode demorar muito tempo num determinado lugar e já tem consciência do uso de máscara e estamos vivendo esse desafio, disse Verônica.
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