Américo Monteiro Oliveira, coordenador nacional da LOC - Portugal Américo Monteiro Oliveira, coordenador nacional da LOC - Portugal 

Portugal/LOC: “Queremos ser portadores de sinais de esperança”

Equipa nacional da Liga Operária Católica/Movimento dos Trabalhadores Cristãos de Portugal (LOC/MTC) analisou situação do país em tempo de pandemia.

Domingos Pinto – Lisboa

“Queremos ser portadores de sinais de esperança para servir a própria comunidade”.

O desafio é sublinhado à Vatican News por Américo Monteiro Oliveira, coordenador nacional da Liga Operária Católica/Movimento dos Trabalhadores Cristãos, no contexto da preocupante situação do país em tempo de pandemia analisada pela respetiva equipa nacional no passado dia 20 de junho.

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“Nós verificámos que nestes três meses de pandemia, mais de 100 mil trabalhadores se inscreveram nos centros de emprego e há dezenas de milhares de pessoas que tinham a sua situação precária e que nesta situação foram facilmente descartadas das empresas“, refere Américo Monteiro que lembra que “há quase um milhão de trabalhadores em situação de lay-off”, que implica uma “perda de 1/3 nos seus salários”.

Situações sentidas também por membros da LOC, “pessoas que ficaram desempregadas, cuidadores, em lay-off e em teletrabalho, alguns com filhos a ser acompanhados no processo escolar” que vivem “a incerteza, o medo e, no caso do teletrabalho, a saturação pelos múltiplos “papéis” que se têm de desempenhar em espaços diminutos”, sublinha a LOC que reconhece “algumas vantagens” do teletrabalho, mas que “levanta muitas interrogações” , e por isso deve ser “rigorosamente regulamentado”.

“Nós apelamos às pessoas que sejam solidárias, apelamos a uma onda de solidariedade no sentido da comunidade, no sentido de apoiar aqueles que mais precisam”, diz Américo Monteiro que pede “uma comunicação social isenta, que seja verdadeira e que seja independente”.

Por outro lado, “é necessária uma justiça fiscal para resolver as desigualdades”, e ainda “uma justiça que seja isenta, célere e promotora da confiança cívica”, refere aquele responsável que considera essencial também “um Serviço Nacional de Saúde público e de qualidade”.

Para o coordenador nacional da LOC, que fala de uma “cultura da indiferença e do descarte”, é preciso “aprofundar a questão do Rendimento Básico Incondicional e Universal”, uma forma de ajudar pessoas “que não têm nada, que não têm garantia nenhuma em termos de dar seguimento nas suas vidas”.

 

 

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02 julho 2020, 09:21