“Não é ético e tampouco necessário violar ulteriormente os corpos de crianças abortadas, mercantilizando-as para o uso em pesquisas médicas", diz presidente da Comissão episcopal pró-Vida “Não é ético e tampouco necessário violar ulteriormente os corpos de crianças abortadas, mercantilizando-as para o uso em pesquisas médicas", diz presidente da Comissão episcopal pró-Vida 

EUA: aborto e pesquisa com tecidos fetais sem verbas federais. Bispos aplaudem

Um programa bloqueia o financiamento federal às ONGs, que prestam consultoria em favor do aborto ou promovem a sua descriminalização. O outro desaconselha a concessão de financiamentos federais a diversos projetos de pesquisa que preveem o uso de tecidos fetais. As duas iniciativas do governo foram aplaudidas pelos bispos estadunidenses.

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“Não ao financiamento federal em favor de abortos e da pesquisa científica em tecidos fetais humanos”. É o que reitera a Conferência Episcopal dos Estados Unidos, mediante duas declarações assinadas pelo presidente da Comissão episcopal pró-Vida, Dom Joseph Naumann.

Na primeira, o prelado se congratula com o governo dos Estados Unidos pela publicação do segundo relatório sobre a implementação da chamada "Política de Cidade do México", ou seja, o programa que bloqueia o financiamento federal às ONGs, que prestam consultoria em favor do aborto ou promovem a sua descriminalização.

O nome, "Política de Cidade do México", deriva do lugar onde ela foi anunciada em 1984, durante uma Conferência da ONU sobre População e Desenvolvimento.  O relatório em questão revela que a maior parte das ONGs, ou seja, 1.285 das 1.340 se adequaram a esta política.

Neste sentido, o arcebispo Naumann expressa a sua gratidão pelo fato de que "os financiamentos estadunidenses para a assistência sanitária global, promovam efetivamente a saúde e os direitos humanos, e não os comprometam com a promoção do aborto".

“Matar, mediante o aborto, crianças inocentes e indefesas não ainda nascidas – enfatiza o prelado - não é assistência sanitária”, porque a interrupção voluntária da gravidez “viola o direito humano mais fundamental, entre todos para o nascituro, isto é, o direito à vida, e pode também prejudicar a mãe, quer emocional como fisicamente”.

O presidente da Comissão episcopal pró-Vida evidencia, ademais, que “os estadunidenses reconhecem esta injustiça, tanto que a maior parte deles é contrária ao financiamento daquelas organizações mais comprometidas em promover o aborto do que prestar assistência à saúde".

Na segunda declaração, Dom Naumann parabeniza o governo pela publicação do relatório do Comitê Consultivo Ético dos Institutos Nacionais para a Saúde e a Pesquisa em Tecidos Fetais Humanos. Tal documento, de fato, desaconselha a concessão de financiamentos federais a diversos projetos de pesquisa que preveem o uso de tecidos fetais.

A Igreja Católica nos Estados Unidos, portanto, expressa sua satisfação "pela consideração demonstrada em relação à ética da medicina e ao respeito pela vida humana inocente".

“Não é ético e tampouco necessário – conclui Dom Naumann - violar ulteriormente os corpos de crianças abortadas, mercantilizando-as para o uso em pesquisas médicas. As vítimas de aborto merecem o mesmo respeito do que qualquer outro ser humano”.

Vatican News Service - IP

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22 agosto 2020, 07:23