Campanha da Mãe Peregrina: um presente à Igreja e instrumento de renovação das famílias
Silvonei José, Andressa Collet - Vatican News
“João Luiz Pozzobon, um leigo, pai de família, comerciante, camponês, uma pessoa simples, mas que percebeu a genialidade dessa iniciativa. Ele, certamente inspirado pelo Espírito Santo e a partir do carisma que recebeu junto ao Movimento de Schoenstatt, seguindo também aquilo que o Padre José Kentenich ensinava e ensinou ao movimento – ele se considerava um aluninho, um aluno do Padre José Kentenich, um discípulo seu – ele foi capaz de perceber a grandeza dessa ação. Visitava as escolas com a Mãe Rainha, visitava os presídios, as famílias, todos os lugares onde percebia que a presença da Mãe de Deus poderia trazer a presença e a ação de Jesus de uma maneira mais forte, mais intensa na vida das pessoas.”
É o Pe. Alexandre Awi Mello, secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, quem descreve no detalhe o idealizador da Campanha da Mãe Peregrina, João Luiz Pozzobon, que “se sentiu chamado a ser Igreja em saída para levar a mensagem de Deus a todas as pessoas e fez dessa evangelização uma missão de vida”. O Movimento de Schoenstatt, obra internacional fundada pelo padre alemão Kentenich, inspirou o leigo, natural de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde nesta quinta-feira, 10 setembro, a cidade estava em festa pelos 70 anos da Campanha da Mãe Peregrina.
Missa e peregrinação jubilar em Santa Maria
Uma missa de ação de graças pelo jubileu foi presidida por dom Hélio Adelar Rubert, no Santuário de Tabor, e transmitida on-line numa grande peregrinação virtual. Os missionários foram convidados a celebrar a Mãe de Deus com a imagem da Mãe Peregrina, como sempre, pertinho dos fiéis em casa.
Uma presença, muitas vezes discreta e silenciosa, mas que leva muita esperança a todas as famílias que a acolhem ao redor do mundo, já que a campanha está sendo abraçada por mais de 200 países, ao visitar as casas, mas também hospitais, presídios, escolas e empresas. Só no Brasil, por exemplo, mais de 4 milhões de casas recebem as visitas mensais.
Sobretudo neste período difícil e global vivido pela pandemia, a Campanha da Mãe Peregrina “é um instrumento de renovação para as famílias”, afirma Pe. Alexadre, “é um verdadeiro presente para nossa Igreja, justamente uma Igreja em tempos de Papa Francisco que quer ser uma Igreja em saída, que se aproxima do povo”:
“Nós constatamos neste período, por exemplo da pandemia, que as famílias que estavam acostumadas a rezar juntas, enfrentaram melhor esse tempo de reclusão, estão enfrentando melhores esse tempo de isolamento social. As famílias que tinham o hábito de rezar, as famílias que tinham o hábito de estar juntas em oração e para colocar diante de Deus os seus problemas, as suas necessidades, têm mais recursos para poder enfrentar esse momento.”
A Campanha da Mãe Peregrina, então, através das visitas mensais, acaba oferecendo a oportunidade justa para as pessoas da família possam se reunir, acrescentou o Pe. Alexandre, “mesmo que seja com uma oração muito simples de acolhida da imagem, às até numa oração silenciosa”:
“A gente vê tantos testemunhos de conversão, pessoas que simplesmente pela presença de Maria, representada naquela imagem, pela presença de Jesus representado naquela imagem, se converteram, mudaram de vida, conseguiram ter mais diálogo nas famílias, ter mais amor, cultivar certas atitudes cristãs que antes não estavam presentes. Esperamos que a campanha possa continuar sendo uma grande fonte de bênçãos para a Igreja no mundo inteiro e possa continuar sendo instrumento para a evangelização das famílias e para essa Igreja em saída que o Papa Francisco pede tanto que nós sejamos."
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